<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, março 31

No dicionário de Heisenberg 

Andragogia - a Arte e Ciência de Educar Adultos. Ora aí está uma palavra muuuuuuuito difícil.

terça-feira, março 29

Prevenção Rodoviária 

Como se metem 3 pessoas (um casal e uma criança pr’aí de 10 anos) num Fiat Punto de 2 lugares?
O casal à frente e a criança na bagageira, prá polícia não ver.
Eu vi e chicoteio-me por não ter dito nada. Mas se tivesse dito.... haveria de ter levado com meia dúzia de impropérios, para aprender a não me meter na vida alheia. E assim vai este país.

segunda-feira, março 21

Na enciclopédia de Heisenberg 

Theophrastus Philipus Aureolus Bombastus von Hohenheim – alquimista e médico do sec XVI, mais conhecido por Paracelsus. O seu saber veio-lhe do contacto com barbeiros, alquimistas e ciganos, no entanto foi professor de Medicina em Basileia. Foi mestre na utilização de sais de mercúrio, de arsénico e de antimónio no tratamento da sífilis e das terríveis doenças intestinais muito comuns na Europa Medieval. Muitos terão sido os que morreram da cura. A medicina deve-lhe a convicção de que para cada doença há uma causa e um tratamento.

Pretérito mais que perfeito – sábado em Coimbra 


No cesto metemos pão, daquele digno do nome, queijo e presunto. E mais uma garrafa de Douro. O dia prenunciava chuva sem chover, um dia de estamos vivos. O bosque apesar de às portas da cidade, estava vazio. Os homens da cidade esquecem-se muitas vezes dos bosques às portas da cidade. Ouve-se o silêncio, as rolas e mais umas aves de que desconhecemos os nomes. Até as crianças deixaram as brigas em casa.

sábado, março 19

Partimos o brinquedo do clima 

Dois novos estudos publicados hoje na Science indicam que o aquecimento global, duradouro e significativo, está para ficar e que não há nada que possamos fazer para o impedir.

Talvez o título deste post devesse ter um ponto de interrogação. Afinal de contas, nada é certo neste mundo complexo e talvez o aquecimento global seja algo que volte de tempos a tempos, sem que a acção do homem tenha alguma coisa a ver com o assunto.

Talvez.

Ou talvez o nosso comodismo tenha um impacto maior do que o que gostaríamos que tivesse. No fundo, todos pensamos, conscientemente ou não, em termos do nosso custo-benefício, sobretudo a curto prazo, sejamos cidadãos comuns, políticos ou empresários de poderosas multinacionais. É cómodo ter um benefício, rapidamente, a um custo incerto que não recaia sobre nós. Uma boa parte dos problemas humanos resumem-se a isto. Por exemplo, quando um poluidor tem os benefícios e a população local só vê os custos da poluição, há problemas NIMBY ("Not In My Back Yard" - "não no meu quintal"). Problemas de vizinhos...

O caso das gerações futuras é diferente, elas estão caladas e distantes no tempo, são incapazes de nos refrear. Irão gramar com as consequências.

[imagem: National Academy of Sciences]

quinta-feira, março 17

Spam & Sida 

Os filtros de spam ao serviço da luta contra a SIDA.

domingo, março 13

A inexorável natureza 

Suspeita-se de um segundo caso de pessoal médico infectado pela gripe das aves. O primeiro foi há poucos dias atrás. O vírus H5N1 já se propaga de forma eficiente entre humanos? A pandemia será inevitável? São cada vez mais preocupantes as notícias que nos chegam do extremo oriente, o que leva uma vez mais à eterna questão: que nível de catastrofismo/tranquilismo devemos ter perante um risco insuficientemente conhecido?

[Adenda, 14/3/2005: este segundo caso não se confirmou, felizmente. Por outro lado...]

sábado, março 12

Pulsatilidade social 



sexta-feira, março 11

And now something very different 

As impressões de um português que vive enfadado e de cabeça para baixo!

Sinais 

Concordo com JPP neste post. Suspeito que o packaging da informação vai ser extremamente cuidado neste governo, não só porque ele é cada vez mais um sinal dos tempos modernos mas também porque o chefe do governo é quem é. Deveremos ter um governo que vai "parecer", só resta saber se vai "ser".

quinta-feira, março 10

Os livros que ando a ler “A História de um Sonho” – Arthur Schitzler 

Na mesma semana revi no canal Hollywood, “Eyes Wide Shut” de Stanley Kubrick e li o livro que serviu de base ao filme, “A História de um Sonho” de Arthur Schnitzler. E o que mais me impressionou, mais do que o universo freudiano, mais do que a (i)moralidade dos sonhos e desejos, foi, comparando o livro e o filme, a fidelidade de Kubrick ao texto de Schnitzler: que importa se é Nova Iorque ou Viena, se quase um século separa a acção do filme da do livro? Os sonhos e os afectos não têm tempo nem lugar e, como diz Albertine, “não é a realidade de uma única noite, nem de toda uma vida que corresponde à verdade intrínseca de um ser humano”.

quarta-feira, março 9

As Mães 

Ontem, Dia Internacional da Mulher, dia que para mim, e contrariamente a muita opinião, faz (infelizmente) muito sentido, e não para que me bajulem, me ofereçam flores de centro comercial ou me levem a jantar fora… Ontem, dizia eu, tropecei no poema de Eugénio de Andrade “As Mães”.*

Elas são as Mães, essas mulheres que Goethe pensa estarem fora do tempo e do espaço, anteriores ao Céu e ao Inferno, assim velhas, assim terrosas, os olhos perdidos e vazios, ou vivos como brasas assopradas. Solitárias ou inumeráveis, aí as tens na tua frente, graves, caladas, quase solenes na sua imobilidade, esquecidas de que foram o primeiro orvalho do homem, a primeira luz. Mas também as podes ver seguindo por lentas veredas de sombra, as pernas pouco ajudando a vontade, atrás de uma ou duas cabras, com restos de garbo na cabeça levantada, apesar das tetas mirradas. Como encontrarão descanso nos caminhos do mundo? Não há ninguém que as não tenha visto com umas contas nas mãos engelhadas rezando pelos seus defuntos, rogando pragas a uma vizinha que plantou à roda do curral mais três pés de couve do que ela, regressando da fonte amaldiçoando os anos que já não podem com o cântaro, ou debaixo de uma oliveira roubando alguma azeitona para retalhar. E cheiram a migas de alho, a ranço, a aguardente, mas também a poejos colhidos nas represas, a manjerico quando é pelo S. João. E aos domingos lavam a cara e mudam de roupa, e vão buscar à arca um lenço de seda preta, que também põem nos enterros. E vede como, ao abrir, a arca cheira a alfazema! Algumas ainda cuidam das sécias que levam aos cemitérios ou vendem pelas termas, juntamente com um punhado de maçãs amadurecidas no aroma dos fenos. E conheço uma que passa as horas vigiando as traquinices de um garoto que tem na testa uma estrelinha de cabrito montês - e que só ela vê, só ela vê.
Elas são as Mães, ignorantes da morte mas certas da sua ressurreição.



* Li “As Mães”, de onde retirei este excerto, na colectânea “Rosa do Mundo".

segunda-feira, março 7

8 000 000 

Eight million children are either stillborn or die each year
within the first month of life. This figure never makes news.

The issue of child survival is a moral as well as a health
barometer of our times. The aim of the present Lancet series
(Neonatal Survival) is to erase the excuse of ignorance for
public and political inaction once and for all.

The Lancet

Impossível ignorar

domingo, março 6

Belo tecto 

Vista 360º do pico do Everest, aqui.

quinta-feira, março 3

Marte: actividade vulcância, fluvial e glaciar 


quarta-feira, março 2

O Padre Serras Pereira – A Igreja Católica no seu pior 

Quando me atiram com todos os maus exemplos vindos da Igreja Católica, Igreja a que pertenço, costumo dizer que a Igreja é feita de homens e que por isso mesmo tem todas as qualidades e todos os defeitos da Humanidade. Mas este padre é mesmo muito mau. Felizmente a mim saiu-me um padre jesuíta fantástico que me ensinou que deve comungar quem mais precisa. Quanto ao Padre Serras Pereira assino por baixo do post da Inês.

terça-feira, março 1

Primeiro post no quarto dia sem blogs 


Malevich, White painting (1918)

This page is powered by Blogger. Isn't yours? Weblog Commenting by HaloScan.com