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Na mesma semana revi no canal Hollywood, “Eyes Wide Shut” de Stanley Kubrick e li o livro que serviu de base ao filme, “A História de um Sonho” de Arthur Schnitzler. E o que mais me impressionou, mais do que o universo freudiano, mais do que a (i)moralidade dos sonhos e desejos, foi, comparando o livro e o filme, a fidelidade de Kubrick ao texto de Schnitzler: que importa se é Nova Iorque ou Viena, se quase um século separa a acção do filme da do livro? Os sonhos e os afectos não têm tempo nem lugar e, como diz Albertine, “não é a realidade de uma única noite, nem de toda uma vida que corresponde à verdade intrínseca de um ser humano”.
# posted by Isabel : 2:59 da tarde
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