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sexta-feira, novembro 30

Reality Show 

No início de Novembro Eduardo Pitta escreveu no seu blog:
“As televisões têm um novo folhetim: a saga de Ana Maria Brandão, funcionária da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, no concelho de Ponte de Lima."
terminando com:
"Estamos no domínio do reality show, mas não deixa de haver um ganho óbvio.”
Estávamos no início de Novembro e o ministro das finanças tinha mandado reavaliar a situação da Ana Maria Brandão. A 30 de Dezembro essa reavaliação foi já realizada e a senhora considerada de novo apta para o trabalho. Não vou discutir o sofrimento da senhora nem a justeza da reavaliação. Mas a exploração que os meios de comunicação social fazem destes casos é no mínimo pornográfica. No início de Novembro a senhora era apresentada “de braço ao peito e colar cervical, encostada a uma parede com uma manta sobre as pernas”, consideraram agora que isso já não impressionava suficiententemente e, hoje de manha, ao ligar a televisão, deparo com uma reportagem com a Ana Maria Brandão deitada na cama, tapada até ao pescoço, voz combalida... Haja dignidade, (refiro-me à dignidade da RTP não da Ana Maria Brandão). Compreendo que o povo português tantas vezes tão inculto, possa não saber fazer valer os seus direitos e passar a sua mensagem de carência e sofrimento sem recorrer a estes estratagemas primários, mas a televisão tem outras responsabilidades.

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segunda-feira, novembro 19

Sábados no Museu 

E que tal um Sábado diferente?
Ao sábado à tarde, o Museu da Ciência
(da UC) preparou um conjunto de actividades experimentais simples que vão ajudar-te a melhor compreender a ciência.
Podes, ainda, visitar a exposição permanente e descobrir alguns segredos da luz e da matéria
.

No próximo sábado:

O MEU SISTEMA SOLAR (10H00-11H30 e 15H00-16H30)

Os planetas serão todos iguais?
Com plasticina e outros materiais, vem construir um Sistema Solar, conhecer as diferentes características dos astros e quais as distâncias que os separam do Sol.

Públicos-alvo: a partir dos 3 anos
Nº máximo de participantes: 20
Inscrição gratuita


UMA IDEIA LUMINOSA! (10H00-11H30 e 15H00-16H30)
Como era a primeira pilha?
Descobre como acender uma luz, empilhando metais e pouco mais...

Públicos-alvo: a partir dos 11 anos
Nº máximo de participantes: 12
Inscrição gratuita


Programa completo e mais informações aqui.

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terça-feira, novembro 13

Quarteirão de coro 


TAGV, 16 de Novembro.

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segunda-feira, novembro 12

E que fazer ao lixo? 

2 posts informados no De Rerum Natura:

Química e co-incineração 1
Química e co-incineração 2

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quinta-feira, novembro 8

Pequim 2008 














Campanha da Amnistia Internacional

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terça-feira, novembro 6

Jean de Kervasdoué: excertos de uma entrevista 

Jean de Kervasdoué, que acabou de editar em França “Les prêcheurs de l’apocalypse” que tem como subtítulo “pour em finir avec les délires écologiques et sanitaires”, deu uma entrevista a João Lopes Marques do Notícias Magazine. Uma interessante e polémica entrevista. Embora eu não concorde com tudo o que ele diz, por exemplo, na defesa dos transgénicos, é em muitas das afirmações certeiro sem medo de ser contra-corrente.

O livro, que penso não está editado em Portugal, começa com uma frase que segundo a tradução do entrevistador (suponho) dirá assim:

“Estou cansado do apocalipse, seja ele religioso ou ecológico...”

De Al Gore afirma “ ... O único senão é que apresenta os factos como um filme catastrófico. Mas para os americanos é uma sensibilização muito importante. Eles construiram o seu sistema de vida assente numa energia quase gratuita”.

Mas quando lhe perguntam quais são para ele os dramas mais importantes com que se depara a humanidade não tem dúvidas:

“Os dramas graves são os milhões que morrem de fome. As crianças que morrem de desinteria provocada pela cólera – centenas de milhares que morrem muito mais do que Chernobyl em 50 anos. As vítimas da sida em Àfrica. A destruição dos espaços naturais..."

Quanto a mim esta é que é uma verdade inconveniente.

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quinta-feira, novembro 1

Os Rankings, a escola pública, o estatuto do aluno 

E de como isto é tudo uma pescadinha de rabo na boca e de como é urgente e necessário tirar o rabo da boca da pescadinha.

Ontem fui a um supermercado de subúrbio e dei por mim a meditar nas desigualdades sociais e culturais que persistem (ou aumentam) neste país. Os clientes daquele supermercado são o país real, e quem já frequentou estes locais sabe, certamente, do que é que eu estou a falar.
E como este país fica a léguas do país dos meus filhos e dos seus amigos que frequentam um colégio privado muito bem colocado nos rankings.

A primeira vez que ouvi falar do estatuto do aluno, juro por Deus, entrevi-lhe a bondade e por isso muito admirada fiquei ao vê-lo tão criticado. Pareceu-me a mim que esse estatuto visava uma maior inclusão dos chamados “alunos problemáticos” e uma maior responsabilização das famílias. Isso foi o que eu vi (do estatuto conheço só o que leio e oiço rapidamente na comunicação social), o que o Vasco Pulido Valente e outros colunistas de direita (às vezes é-me difícil distinguir o que é que é uma posição de direita ou de esquerda, mas aqui está um caso em que consigo claramente dizer, de direita…), foi o descrédito do Sistema de Ensino. OVPV e esses outros vivem num país que não existe, no país do colégio dos meus filhos. A esses, aos meninos do colégio dos meus filhos, e de muitas outras escolas privadas e públicas por esse país fora, este estatuto não aquenta nem arrefenta. Não passa pela cabeça desses alunos, nem dos pais deles, que os miúdos vão agora começar a faltar às aulas só porque dificilmente chumbarão por faltas. Mas as escolas estão cheias de crianças e jovens que têm poucas ou nenhumas expectativas em relação ao futuro e à relevância do ensino para um futuro melhor. São normalmente filhos de pais que pensam exactamente do mesmo modo. Pais que são chamados à escola uma e outra vez e que nunca aparecem, que não sabem nem querem saber se quando os filhos saem de manhã vão para a escola ou para outro sítio qualquer. E se queremos que no futuro haja menos pais e menos filhos assim, não se pode agora desistir dos filhos, e medidas de inclusão (não de desresponsabilização) são bem-vindas. Eis porque me pareceu bom este novo estatuto do aluno.
Porque é que as escolas bem posicionadas nos rankings estão bem posicionadas nos rankings? Por um conjunto de razões, que se calhar se podem traduzir numa expressão só, expectativas elevadas: dos miúdos, da família dos miúdos, da escola em relação aos alunos, dos alunos e dos pais dos alunos em relação à escola. Nem sequer passa pela cabeça de nenhum dos intervenientes que as coisas possam ser de outra maneira.

Voltarei a este assunto.

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