sexta-feira, novembro 30
Reality Show
No início de Novembro Eduardo Pitta escreveu no seu blog:
“As televisões têm um novo folhetim: a saga de Ana Maria Brandão, funcionária da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, no concelho de Ponte de Lima."
terminando com:
"Estamos no domínio do reality show, mas não deixa de haver um ganho óbvio.”
Estávamos no início de Novembro e o ministro das finanças tinha mandado reavaliar a situação da Ana Maria Brandão. A 30 de Dezembro essa reavaliação foi já realizada e a senhora considerada de novo apta para o trabalho. Não vou discutir o sofrimento da senhora nem a justeza da reavaliação. Mas a exploração que os meios de comunicação social fazem destes casos é no mínimo pornográfica. No início de Novembro a senhora era apresentada “de braço ao peito e colar cervical, encostada a uma parede com uma manta sobre as pernas”, consideraram agora que isso já não impressionava suficiententemente e, hoje de manha, ao ligar a televisão, deparo com uma reportagem com a Ana Maria Brandão deitada na cama, tapada até ao pescoço, voz combalida... Haja dignidade, (refiro-me à dignidade da RTP não da Ana Maria Brandão). Compreendo que o povo português tantas vezes tão inculto, possa não saber fazer valer os seus direitos e passar a sua mensagem de carência e sofrimento sem recorrer a estes estratagemas primários, mas a televisão tem outras responsabilidades.
“As televisões têm um novo folhetim: a saga de Ana Maria Brandão, funcionária da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, no concelho de Ponte de Lima."
terminando com:
"Estamos no domínio do reality show, mas não deixa de haver um ganho óbvio.”
Estávamos no início de Novembro e o ministro das finanças tinha mandado reavaliar a situação da Ana Maria Brandão. A 30 de Dezembro essa reavaliação foi já realizada e a senhora considerada de novo apta para o trabalho. Não vou discutir o sofrimento da senhora nem a justeza da reavaliação. Mas a exploração que os meios de comunicação social fazem destes casos é no mínimo pornográfica. No início de Novembro a senhora era apresentada “de braço ao peito e colar cervical, encostada a uma parede com uma manta sobre as pernas”, consideraram agora que isso já não impressionava suficiententemente e, hoje de manha, ao ligar a televisão, deparo com uma reportagem com a Ana Maria Brandão deitada na cama, tapada até ao pescoço, voz combalida... Haja dignidade, (refiro-me à dignidade da RTP não da Ana Maria Brandão). Compreendo que o povo português tantas vezes tão inculto, possa não saber fazer valer os seus direitos e passar a sua mensagem de carência e sofrimento sem recorrer a estes estratagemas primários, mas a televisão tem outras responsabilidades.
Etiquetas: desde que venda, RTP
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