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sexta-feira, dezembro 31

Metro Mondego e linha da Lousã 

Os utilizadores da linha da Lousã ficaram sem linha de combóio e sem linha de metro porque uns grandes gestores e políticos, primeiro mandaram arrancar as linhas do combóio e depois congelaram a colocação das linhas do metro! Neste momento decorre um protesto de tipo marcha lenta; não gosto de marchas lentas mas associo-me ao protesto com algumas sugestões.

A questão do Metro do Mondego não poderia ser vista, em termos jurídicos, como um assunto de gestão de danosa e parcial de recursos e equipamentos públicos? Talvez se os gestores e políticos responsáveis pelo estado a que a situação chegou (refiro-me a todos, claro, e não apenas aos do partido que não seja o meu) fossem pronunciados e responsabilizados pessoalmente, em acções cíveis, as coisas melhorassem mais rapidamente. Umas quantas multas pessoais, obrigações pessoais de indminizar o público e a inibição de gestão de assuntos públicos deveriam doer mesmo onde magoa mais: nas suas carteiras. Poder-se-ia ir ainda mais longe e chegar, quem sabe, aos pedidos fundamentados de inimputabilidade com base em incapacidade manifesta e pública para gerir bens públicos, mas não seria boa ideia: assim não pagavam nem multas nem indeminizações!

No caso dos submarinos, estudos mal amanhados de aeroportos e pontes, cadernos de encargos e orçamentos mal preparados, etc. poder-se-ia pensar, para além da falta de competência, na inibição por prodigalidade e irracionalidade. E em todos os casos multar esses gestores e políticos gestores pessoalmente para que sejam mais responsáveis no futuro e sirvam de exemplo aos irresponsáveis que pretendam vir a seguir.

segunda-feira, dezembro 20

Austeridade... 

Deve haver uma razão qualquer para haver bastantes economistas portugueses, em especial professores universitários, comentadores notáveis, políticos de relevo, que em tempos citaram Keynes, ou que rejeitaram Keynes, ou que se viram como sendo pós-Keynesianos ou neo-Keynesianos... E deve também haver um motivo para que não existisse, aparentemente, até há pouco tempo* uma tradução em português da grande obra de Keynes, General Theory of Employment, Interest and Money. Será que nunca o leram, que o leram no original, ou que andaram a plagiá-lo às escondidas? Em qualquer dos casos talvez Keynes ainda tenha alguma coisa para nos dizer e talvez até tenha razão...




* Modifiquei o texto porque fui informado pelo meu filho de que a editora Relógio d'Água lançou há cerca de dois meses uma tradução deste importante livro.

quarta-feira, dezembro 15

Adeus ó vai-te embora 

Que estratagema criativo vai ele arranjar para se manter no poder desta vez? (via Público)

sexta-feira, dezembro 10

Um filme para o fim de semana 



"La Meglio Gioventu" de Marco Tullio Giordiano

segunda-feira, dezembro 6

Em fase de negação 

Sócrates repete vezes sem conta que não vai ser necessário pedir ajuda à UE/FMI, mas é cada vez mais evidente que vai ter de ser.
Quanto mais se nega, pior. Quanto mais tarde se pede ajuda, pior.

Portugal says does not need bailout as debt crisis spreads news
03 December 2010

Although the focus of Europe's sovereign debt crisis has shifted from Ireland to the Iberian Peninsula, Portugal, with its spiralling budget deficit and sluggish economic growth is on a denial mode for any European Union-led rescue package to shore up the nation's struggling economy.

The prime minister Jose Socrates stressed that the country did not need an international aid...

[...]

''As with Ireland, public government denials do very little to calm the markets, it's the bond markets that reveal all and as confidence fades away and yields rise, a bailout becomes inevitable - you cannot outrun the markets.''

After weeks of denial for a bailout, Ireland last week resorted to a multi-billion euro rescue package by the EU and IMF.

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sexta-feira, dezembro 3

Um filme para o fim de semana 



Luna Papa de Bakhtyar Khudojnazarov.

quinta-feira, dezembro 2

Era um virus: ou comparar alhos com bugalhos 

isto foi inicialmente um comentário ao post do Nuno, mas como também sou autora deste blog resolvi dar-lhe maior visibilidade



A senhora no fim da reportagem disse tudo, um país bem diferente do nosso. A Suiça mais se aproxima dos Estados Unidos quanto a sistema de Segurança Social do que dos países europeus e por isso é Ridículo traze-la a esta discussão. Quando estive na Suiça em 2000 os impostos (o equivalente ao nosso IRS) era na ordem dos 10%, a saúde gratuita é residual, toda a gente tem um seguro de saúde; mesmo no hospital universitário onde estive ninguém (?) era internado sem depositar uma grossa maquia. Os ordenados são muito elevados. Por isso muitas mulheres trabalham a 50 % para se dedicarem mais à família (mas nunca os homens, a Suíça é extremamente sexista). Os alemães que vivem do outro lado da fronteira perto da Suíça vivem no melhor dos mundos, são eles que o dizem, ganham salários suíços e benificiam do estado social alemão e de uma vida mais barata na Alemanha. O conceito deles (suiços) de pensão de reforma não tem nada a ver como o nosso. Se eles não tiverem um bom PPR ( e a maioria tem condições para o ter) com 1700 euros vivem mal. Por isso essa corrente é apenas mais uma corrente de desinformação a partir de um fait divers da RTP2. É comparar alhos com bugalhos.

quarta-feira, dezembro 1

Uma notícia viral da RTP2... 

...recebida por email:

"Reformas na Suíça com tecto máximo de 1700 euros

Na Suíça, ao contrário de Portugal, não há reformas de luxo. Para evitar a ruína da Segurança Social, o governo helvético fixou que o máximo que um suíço pode receber de reforma são 1700 euros. E assim, sobra dinheiro para distribuir pelas pensões mais baixas."


O mail vinha acompanhado de uma nota pertinente:

"esta notícia só passou na RTP2. Nenhum dos canais nacionais de maior audiência (RTP1, SIC, SIC Notícias, TVI, etc.) lhe deu qualquer tempo de antena. Porque será?"

Vários blogues apontam para esta notícia. Embora a realidade possa ser mais complexa do que o que aparenta, parece-me que este é um caso claro de informação que merece ser mais esmiuçada pelos meios de comunicação social tradicionais, numa altura em temos a bancarrota à porta e governantes a preparar futuras medidas de austeridade no segredo dos deuses.

Porque me parece que este pode ser um bom vírus, quero contribuir para espalhá-lo.

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