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sábado, dezembro 30

O cheiro do dinheiro 


Era uma pergunta que tinha há algum tempo. Por que razão ficamos com um cheiro característico nas mãos quando mexemos em moedas? Não podiam ser os metais. Serão compostos envolvendo os metais? Não. Afinal o cheiro vem de compostos orgânicos libertados pela pele em contacto com as moedas. Mas como e que compostos? Um deles é uma cetona (1-octen-3-ona) e como é óbvio a presença dos metais favorece as reações que os produzem.

Nota de imprensa e artigo original D. Glindemann et al. Angew. Chem. Int. Ed., 2006, 45, 7006 (D. Glindemann é também autor da ilustração).

sexta-feira, dezembro 29

Natal e laicidade 


Têm algumas pessoas vindo questionar a exibição pública dos símbolos religiosos do Natal. Notei ontem pela televisão enquanto esperava pelas três primeiras horas de "A melhor juventude".

A liberdade religiosa e a laicidade têm como objectivo garantir o respeito de todos por todos, mas não podem servir para justificar que se exerçam novos tipos de intolerância. Como é que em nome desses princípios se pode querer eliminar o menino Jesus e substituí-lo pelo pai Natal (e nesse ponto o consumismo tem feito mais que os activistas laicos) e impedir a Virgem Maria de dizer as suas falas bíblícas? O Lopes Graça deveria ter substituído o "Deus lhe dê cá as Boas-Noites" por quê?

Na minha opinião de pessoa de pouca fé, só a ignorância pode fazer com que as pessoas se sintam intimidadas pela exibição pública e pacífica de religiosidade ou de símbolos religiosos. Já para não falar em intolerância e agressividade, como apreciei noutros tempos em zonas rurais para com as "testemunhas de Jeová". Não são fortes as nossas convicções e a nossa cultura? Precisamos de impedir os outros de exibirem as suas convições religiosas e até de as quererem partilhar connosco, tanto mais quando se trata de tradições culturais ancestrais? Não gostariamos também de acabar com as manifestações e e exibição pública de símbolos políticos e comerciais? Isso é que era bom! Pois em verdade vos digo, mais facilmente se impede o presépio que as promoções fraudulentas!

sábado, dezembro 2

A crença em Deus influencia a nossa capacidade de compreender a natureza? 

Os cientistas acreditam que a idade da Terra é ~4,5 milhares de milhões de anos. Por outro lado, certos criacionistas acreditam que a Terra tem apenas 6 ou 7 mil anos.

Em que ficamos?

Neste debate ("A Geologia suporta a Evolução ou a Criação?"), é interessante observar a argumentação usada por cada lado: acreditar na segunda hipótese implica ter de se usar um delirante sistema de crenças que se baseiam nos argumentos mais estranhos, para que tudo encaixe, parecendo consistente. Percebe-se pelo debate que os dois lados têm uma visão completamente diferente do mundo, ao mais ínfimo pormenor.

Por exemplo, se eu acreditasse que o mundo apenas tinha 6 mil anos, poderia acreditar na existência de galáxias? O debate esclarece, talvez...

Deus existe? 

Que pergunta! E que respostas! Brilhante discussão (em inglês) com Richard Dawkins, aqui e aqui, a propósito do lançamento do seu novo livro "The God Delusion".

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