domingo, abril 5
Aquecimento em lume brando
Encontrei numa livraria o seguinte título A mentira do aquecimento global: mito ou ciência? de Roy Spencer: o título diz tudo. Dei uma vista de olhos, mas não tenho grande vontade de o ler: vou esperar que apareça pela biblioteca municipal... Suspeito que esse livro não me traga nada de novo. Talvez o mesmo que o Cool it! do Bjorn Lomborg já nos trazia, e que também já estava, embora menos evidente, no Ambientalista Céptico (também só dei uma vista de olhos em ambos). Mesmo que esteja a ocorrer um aquecimento global, há coisas mais importantes e urgentes a fazer para salvar o planeta de uma alteração lenta que se vai manifestar de forma gradual: combater a fome, a sida, a malária, ter água potável para todos, evitar a poluição das águas, etc.
Fui procurar o que escrevi em Setembro de 2003, reencontrei os os comentários do Nuno e a minha resposta. Depois disso já li muito mais coisas, fui corrigindo algumas ideias e adquirindo novas ideias (talvez) erradas. Mas não mudei muito: aceito que está a ocorrer o aquecimento, aceito que há dióxido de carbono a mais de origem humana, aceito que poderão existir consequências desse aquecimento, aceito que poderemos e deveremos fazer algumas coisas. Continuo a ter dúvidas sobre a correlação entre o dióxido de carbono e o aumento de temperatura. Não me parece que o aquecimento seja uma catástrofe generalizada: uns vão ficar pior mas outros vão ficar melhor; quase todos terão tempo para se adaptar. Acho que podemos e devemos fazer coisas. Poupar e usar a energia de forma mais racional, consumir menos, mas não acho que tenhamos de fazer loucuras e gastar um excesso de recursos de forma inglória nisso. Aliás desperdiçar é uma coisa que adoramos. Parece que se está agora a gastar para salvar a economia mundial o mesmo que foi gasto em todas as guerras e planos de salvamento do Século XX (ver, e.g, aqui)... Talvez fosse tempo de nos deixarmos de salvamentos do planeta e da economia mundial e começar de vez a combater a fome, a sida, a malária, ter água potável para todos, evitar a poluição das águas, ter escola para todas as crianças, dar dignidade a todos os seres humanos, ajudar todos a usar os recursos de forma racional... E até poderá ser possível ajudar o urso, mesmo que ele não saiba que precisa de ajuda!
Fui procurar o que escrevi em Setembro de 2003, reencontrei os os comentários do Nuno e a minha resposta. Depois disso já li muito mais coisas, fui corrigindo algumas ideias e adquirindo novas ideias (talvez) erradas. Mas não mudei muito: aceito que está a ocorrer o aquecimento, aceito que há dióxido de carbono a mais de origem humana, aceito que poderão existir consequências desse aquecimento, aceito que poderemos e deveremos fazer algumas coisas. Continuo a ter dúvidas sobre a correlação entre o dióxido de carbono e o aumento de temperatura. Não me parece que o aquecimento seja uma catástrofe generalizada: uns vão ficar pior mas outros vão ficar melhor; quase todos terão tempo para se adaptar. Acho que podemos e devemos fazer coisas. Poupar e usar a energia de forma mais racional, consumir menos, mas não acho que tenhamos de fazer loucuras e gastar um excesso de recursos de forma inglória nisso. Aliás desperdiçar é uma coisa que adoramos. Parece que se está agora a gastar para salvar a economia mundial o mesmo que foi gasto em todas as guerras e planos de salvamento do Século XX (ver, e.g, aqui)... Talvez fosse tempo de nos deixarmos de salvamentos do planeta e da economia mundial e começar de vez a combater a fome, a sida, a malária, ter água potável para todos, evitar a poluição das águas, ter escola para todas as crianças, dar dignidade a todos os seres humanos, ajudar todos a usar os recursos de forma racional... E até poderá ser possível ajudar o urso, mesmo que ele não saiba que precisa de ajuda!
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