sexta-feira, setembro 5
Um pouco de aquecimento local...
Volto a dizer que tenho muitas dúvidas e poucas certezas sobre o aquecimento global. Mas como é um assunto que não conheço a fundo, só posso fazer algumas considerações gerais e tentar fazer de advogado do diabo. Além disso, os números e os gráficos não falam sozinhos, nem o seu uso é inocente. Verificar isso experimentalmente não deixa de ser importante.
Os gráficos que o Nuno nos trouxe são impressionantes, mas mantenho que a taxa de aumento actual é da ordem dos 0.0001% ao ano, explicando com base nos valores do gráfico. De 1800 para 2000 temos uma evolução de cerca de 370-280=90ppm de CO2, ou seja 90 vezes 0.000001 para dar em massa de CO2 por massa de atmosfera, vezes 100 para dar em percentagem, a dividir por 200 anos, para termos a taxa média anual, o que dá 0.000045%. Nos últimos anos o crescimento foi muito maior (de acordo com o gráfico) e isso é que poderá ser preocupante. Também com base no gráfico, deverá dar uma taxa anual média inferior a 0.0002% para os últimos 10 anos.
Por outro lado, este número é muito diferente do aumento relativo anual que será, de acordo com o gráfico, actualmente cerca de 0.0002/0.0370 vezes 100 ou seja 0.5%, o que é bem mais impressionante. Repare-se, no entanto, que essa parte da curva parece ser uma estimativa e, embora o comportamento exponencial seja preocupante, continuo com dúvidas sobre as causas e os efeitos.
Se as medições estiverem correctas e eu acredito que estejam (embora não conheça as dificuldades técnicas de medir a quantidade de CO2 da atmosfera no ano 1000) poderá haver, de facto, uma influência humana significativa na composição global da atmosfera. Será isso catastrófico ou não? Embora seja lógico que devamos ser prudentes, parece-me que as medidas propostas têm tendência a penalizar os paises "menos desenvolvidos" ao mesmo tempo que os EUA poderão estar a provar o seu próprio veneno. A desaceleração do consumismo e da destruição de recursos é de certeza benéfica. O que não fará sentido é impedir os mais pobres de melhorar o seu nível de vida com base em "incertezas científicas".
Quanto à apresentação dos gráficos, podemos experimentar incluir o zero das curvas, ou notar que a variação relativa do CO2 foi de (370-280)/280 vezes 100, ou seja 32%, o que, ainda sendo impressionante, já não parece tão horrível.
Finalmente, voltando aos valores, parece haver consenso já que o site da EPA tem gráficos semelhantes (tão semelhantes que param no mesmo ano!). Resta é saber se eles não estarão a usar o método maquiavélico de conduzir "manadas em pânico": correr algum tempo na mesma direcção, começando depois a a conduzir lentamente a "manada" para onde querem...
Os gráficos que o Nuno nos trouxe são impressionantes, mas mantenho que a taxa de aumento actual é da ordem dos 0.0001% ao ano, explicando com base nos valores do gráfico. De 1800 para 2000 temos uma evolução de cerca de 370-280=90ppm de CO2, ou seja 90 vezes 0.000001 para dar em massa de CO2 por massa de atmosfera, vezes 100 para dar em percentagem, a dividir por 200 anos, para termos a taxa média anual, o que dá 0.000045%. Nos últimos anos o crescimento foi muito maior (de acordo com o gráfico) e isso é que poderá ser preocupante. Também com base no gráfico, deverá dar uma taxa anual média inferior a 0.0002% para os últimos 10 anos.
Por outro lado, este número é muito diferente do aumento relativo anual que será, de acordo com o gráfico, actualmente cerca de 0.0002/0.0370 vezes 100 ou seja 0.5%, o que é bem mais impressionante. Repare-se, no entanto, que essa parte da curva parece ser uma estimativa e, embora o comportamento exponencial seja preocupante, continuo com dúvidas sobre as causas e os efeitos.
Se as medições estiverem correctas e eu acredito que estejam (embora não conheça as dificuldades técnicas de medir a quantidade de CO2 da atmosfera no ano 1000) poderá haver, de facto, uma influência humana significativa na composição global da atmosfera. Será isso catastrófico ou não? Embora seja lógico que devamos ser prudentes, parece-me que as medidas propostas têm tendência a penalizar os paises "menos desenvolvidos" ao mesmo tempo que os EUA poderão estar a provar o seu próprio veneno. A desaceleração do consumismo e da destruição de recursos é de certeza benéfica. O que não fará sentido é impedir os mais pobres de melhorar o seu nível de vida com base em "incertezas científicas".
Quanto à apresentação dos gráficos, podemos experimentar incluir o zero das curvas, ou notar que a variação relativa do CO2 foi de (370-280)/280 vezes 100, ou seja 32%, o que, ainda sendo impressionante, já não parece tão horrível.
Finalmente, voltando aos valores, parece haver consenso já que o site da EPA tem gráficos semelhantes (tão semelhantes que param no mesmo ano!). Resta é saber se eles não estarão a usar o método maquiavélico de conduzir "manadas em pânico": correr algum tempo na mesma direcção, começando depois a a conduzir lentamente a "manada" para onde querem...
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