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sexta-feira, janeiro 2

Compreender o problema 

Há que procurar entender o ponto de vista de quem excede os limites de velocidade.

Distingo diferentes níveis de desrespeito dos limites:

1. Há quem procure de todo não os exceder, podendo acontecer que o faça esporadicamente, por exemplo porque está atrasado (a pontualidade nunca foi o nosso forte) ou porque não reparou que ia demasiado depressa (isso é fácil de acontecer com o aumento de potência dos veículos e com a melhoria das estradas).

2. Há quem exceda os limites porque acha que não terá problemas com a polícia por andar uns 20-30 km/h acima do limite.

3. Há quem ultrapasse a velocidade por exemplo 40-60 km/h acima da máxima porque se acha bom condutor, julga que conhece perfeitamente os riscos (e acha que os polícias fazem caça à multa nestes casos) ou, simplesmente, porque não tem paciência para ir devagar (a recta é grande, nunca mais se chega à curva...).

4. Há quem exceda os limites de velocidade por exemplo 70 km/h ou mais porque tem um carro potente (ver o post abaixo) e/ou porque gosta da velocidade (satisfaz, alivia, excita) e/ou de infringir as leis. Incluem-se aparentemente neste grupo pessoas como as que reagem deste modo quando se acaba com os downloads de filmes sobre Street Racing ou que fazem/frequentam sites como este e este (é interessante ver os fóruns para se compreender as motivações das pessoas).

Haverá certamente outras situações correspondentes a diferentes misturas das razões acima (e de outras que não me lembro ou que desconheço) que levam a que se queira andar depressa, não se devendo pôr tudo no mesmo saco. Cada caso requer formas diferentes de lidar com as pessoas, estratégias de convencimento diferentes, níveis de repressão adaptados ao grau de excesso de velocidade e ao número de vezes que se repete a infracção. O objectivo é o de substituir estas diferentes culturas de velocidade, que tão disseminadas estão na nossa sociedade, por culturas de responsabilidade, de segurança e de respeito pelos outros e pelas leis. É um problema complicado mas, como todos os problemas, tem de ser compreendido na sua totalidade e atacado em todas as suas vertentes, para poder ser efectivamente resolvido.

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