quinta-feira, outubro 9
Com sorte, chegaremos a Fátima no dia 13
Eu não devia estar a blogar, porque ainda não encontrei o tempo que anda livre por aí, mas num intervalo achei algum e cliquei na Klepsýdra. Dei com um post sobre um tema que me é caro e que há muito me "espanta e m'avergonha": como é possível que todos os anos tantos milhares de peregrinos andem pelas nossas seguríssimas estradas e vias rápidas sem qualquer protecção, ocupando as faixas de emergência (quando as há), passando tangentes às por vezes tresloucadas trajectórias dos nossos por vezes embriagados condutores em excesso de velocidade? É tristemente temerário desafiar-se assim as incertezas das leis da probabilidade, sobretudo quando se sabe que elas se transformam em certezas nos grandes números dos peregrinos e veículos. É terceiro-mundista não criar caminhos decentes para estas pessoas poderem seguir em segurança os caminhos da sua fé. É infame assistirmos várias vezes ao ano a este espectáculo de risco evitável e termos de rezar para que Deus, que até joga aos dados, bafeje sempre os peregrinos com a sua sorte e bênção.
Quando acontecer um acidente grave, devido a um veículo que legitimamente teve de usar a faixa de emergência que se encontrava ocupada por dezenas de peregrinos que assim perderam a vida ou ficaram estropiados, lamentaremos o desleixo, mostraremos a nossa ira aos governantes, assistiremos enojados aos directos nos telejornais. Depois tentaremos fazer alguma coisa. Mas porque não antes?
Quando acontecer um acidente grave, devido a um veículo que legitimamente teve de usar a faixa de emergência que se encontrava ocupada por dezenas de peregrinos que assim perderam a vida ou ficaram estropiados, lamentaremos o desleixo, mostraremos a nossa ira aos governantes, assistiremos enojados aos directos nos telejornais. Depois tentaremos fazer alguma coisa. Mas porque não antes?
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