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terça-feira, setembro 16

"Curiosidades" da rede 

Curioso... esta manhã um colega mostrou-me um mail, em inglês, que falava de uma suposta pesquisa feita uma universidade inglesa, que indicava que quando lemos um texto, damos sobretudo importância à primeira e última letras das palavras, podendo-se alterar a ordem das letras do meio que conseguimos ler o texto à mesma. "Etsão a prebecer o qeu qureo deizr?"

Achei piada. Aliás, muita gente achou piada, porque na minha ronda noturna pelos blogues acabei de ver 4 blogues com o mesmo texto, desta vez traduzido para português (ver posts "Curioso" em aaanumberone e alfacinha, "posts" com outros títulos em a formiga de Langton e Donnalee). Fiz uma pesquisa no Google com o iní­cio do texto ("De aorcdo com uma pqsieusa ") e encontrei dois blogues, brasileiros, a falar do mesmo (mais ou menas e lembranças de duas desmemoriadas). Os blogues portugueses ainda não apareceram no resultado, será preciso esperar mais algum tempo. Será engraçado fazer a mesma pesquisa daqui a uns dias, para perceber como a notí­cia se propagou na rede. E será ainda mais interessante fazer o mesmo com o texto inglês, para ter melhor estatística e para ver quando começou o fenómeno, assumindo que começou em inglês.

Tudo isto se passou hoje, nos blogues e no mail. Não vi nada sobre isto nos media convencionais.

Os peixes em qualquer parte do cardume reagiram a um acontecimento quase ao mesmo tempo, graças à  rede. E, é certo, a propagação da informação continuará, a uma velocidade estonteante, por mais uns dias, até chegar a praticamente todo o lado. A sociedade reage cada vez mais depressa, à medida que a informação flui mais depressa. A forma como a informação se propaga depende da topologia da rede, ou seja, das ligações entre os nós que nós somos.

Houve uma perturbação na web que a fez vibrar em todo o lado, tal como uma teia de aranha. E é bom ver que há um super-media a nascer, o dos mails+blogues, o dos media que todos nós agora podemos ser, super-media esse que propaga preferencialmente ideias interessantes, em vez de propagar ideias desinteressantes pagas por quem tem dinheiro e poder (a publicidade dos media convencionais). Tudo isto irá evoluir, não sei como. Haverá certamente tentativas para controlar este super-media, mas esperemos que ele continue incontrolável e útil.

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