quinta-feira, julho 19
O lago Vitoria
O lago Vitoria, ¾ da superfície de Portugal coberta de água, banhando a Tanzânia, o Quénia e o Uganda, era um riquíssimo ecossistema possuindo mais de 400 espécies endémicas. Em torno do lago, habitam, e dele dependem, mais de 30 milhões de pessoas.O lago Vitoria era um riquíssimo ecossistema possuindo mais de 400 espécies endémicas, até que , pelas mãos dos britânicos, chegou às suas águas a perca-do-nilo. A perca do lago Vitoria, que tem mercado em todo o mundo ocidental, em Portugal passa muitas vezes por cherne, é um predador voraz. Assim, a sua produção intensiva, que poderia passar por ser uma fonte de riqueza para a região, apressou o caos e a calamidade que se abate sobre uma das mais densamente povoadas zonas do globo, negócios escuros, prostituição, sida e órfãos, tráfico de armas, crianças que snifam a combustão dos restos das embalagens do peixe…
Enquanto que os supermercados ocidentais se enchem dos saborosos filetes cortados e embalados nas margens do lago, para os locais restam as carcaças que se vêem na fotografia da National Geographic.
Etiquetas: globalização
quarta-feira, julho 11
O Jardineiro
Ontem, no Público, vinha uma curiosa reportagem sobre, o que eles denominavam, o último colector português. Um jardineiro, do Jardim Botânico de Coimbra, que percorre o País de lés a lés à procura daquela planta, ou daquela outra semente. Que conhece as plantas de cor e lhes sabe o sítio a não ser que um buldozzer já por lá tenha passado para se construir um prédio de apartamentos com vistas, que conhece todas as sementes mas, que só lhes sabe os nomes científicos, arabis sadina, phalodes linifolia, “Eu não estou por dentro dos nomes comuns”. Há 20 anos que é colector, que é jardineiro, que é livre, digo eu. Homens como o Sr. Arménio da Costa é que não há muitos, na jardinagem e na vida
Etiquetas: botânica, profissões, vida
Na enciclopédia de Heisenberg
Anamorfose
*As anamorfoses são imagens deformadas de objectos, baseando-se em estudos de geometria e perspectiva. È possível regressar à imagem que foi deformada através de sistemas ópticos como espelhos curvos, cilíndricos e cónicos. Alguns pintores incluíram anamorfoses nas suas composições.
* Texto retirado do belíssimo catálogo da exposição “O Sol e o Pintor”, até ao fim de Setembro no Museu da Física da UC.
Etiquetas: Ciência e arte, Exposições
terça-feira, julho 10
No Políptico do Mosteiro de Celas
pormenor do Políptico do Mosteiro de Celas
O pintor da Assunção da Virgem do Políptico do Mosteiro de Celas (autor desconhecido sec XVI, obra que se encontra no Museu Nacional Machado de Castro) serviu-se dos seguintes pigmentos:
1. Branco de Chumbo [2PbCO3 .Pb(OH)2] –pigmento produzido artificialmente a partir . do metal. È um pigmento branco opaco de elevado índice de refracção. Historicamente é o pigmento branco mais importante.
2. Lápis Lazúli [(Na, Ca)8(AlSiO4)6(SO4,S,Cl)2] –obtém-se a partir da pedra semipreciosa com o mesmo nome. Este mineral de cor azul tem índice de refracção baixo: em aglutinantes oleosos forma camadas translúcidas, em aglutinantes aquosos é muito opaco.
3. Azurite [2CuCO3.Cu(OH)2] pigmento natural que corresponde ao mineral com este nome. Quanto maior a dimensão das partículas, maior a intensidade da cor.
4. Verdigris [Cu(C2H3O2)2.2Cu(OH)2] – obtido artificialmente dos produtos de corrosão do cobre. É o pigmento verde de cor mais intensa. A sua opacidade em óleo é reduzida.
5. Malaquite [CuCO3.Cu(OH)2] –pigmento natural correspondente ao mineral com a mesma denominação. Tal como a azurite /mineral ao qual anda associado na Natureza) a intensidade de cor da malaquite depende do seu grau de moagem.
6. Amarelo de chumbo e estanho (Pb2SnO4) – pigmento artificial com elevado índice de refracção que permite a pintura de camadas opacas.
7. Vermelho de chumbo (Pb3O4) pigmento artificial de cor laranja, que produz camadas opacas de cor intensa.
8. Vermelhão (HgS) – o elevado índice de refracção torna-o opaco, mesmo quando de fino grão.
9. Laca vermelha – corante orgânico (extraído das raízes da planta Rubio peregrina L.) precipitado sobre um substrato inorgânico; proporciona tintas translúcidas.
Texto (com pequenas edições assinaladas a itálico) retirado do belíssimo catálogo da exposição “O Sol e o Pintor”, até ao fim de Setembro no Museu da Física da UC.
O pintor da Assunção da Virgem do Políptico do Mosteiro de Celas (autor desconhecido sec XVI, obra que se encontra no Museu Nacional Machado de Castro) serviu-se dos seguintes pigmentos:
1. Branco de Chumbo [2PbCO3 .Pb(OH)2] –pigmento produzido artificialmente a partir . do metal. È um pigmento branco opaco de elevado índice de refracção. Historicamente é o pigmento branco mais importante.
2. Lápis Lazúli [(Na, Ca)8(AlSiO4)6(SO4,S,Cl)2] –obtém-se a partir da pedra semipreciosa com o mesmo nome. Este mineral de cor azul tem índice de refracção baixo: em aglutinantes oleosos forma camadas translúcidas, em aglutinantes aquosos é muito opaco.
3. Azurite [2CuCO3.Cu(OH)2] pigmento natural que corresponde ao mineral com este nome. Quanto maior a dimensão das partículas, maior a intensidade da cor.
4. Verdigris [Cu(C2H3O2)2.2Cu(OH)2] – obtido artificialmente dos produtos de corrosão do cobre. É o pigmento verde de cor mais intensa. A sua opacidade em óleo é reduzida.
5. Malaquite [CuCO3.Cu(OH)2] –pigmento natural correspondente ao mineral com a mesma denominação. Tal como a azurite /mineral ao qual anda associado na Natureza) a intensidade de cor da malaquite depende do seu grau de moagem.
6. Amarelo de chumbo e estanho (Pb2SnO4) – pigmento artificial com elevado índice de refracção que permite a pintura de camadas opacas.
7. Vermelho de chumbo (Pb3O4) pigmento artificial de cor laranja, que produz camadas opacas de cor intensa.
8. Vermelhão (HgS) – o elevado índice de refracção torna-o opaco, mesmo quando de fino grão.
9. Laca vermelha – corante orgânico (extraído das raízes da planta Rubio peregrina L.) precipitado sobre um substrato inorgânico; proporciona tintas translúcidas.
Texto (com pequenas edições assinaladas a itálico) retirado do belíssimo catálogo da exposição “O Sol e o Pintor”, até ao fim de Setembro no Museu da Física da UC.
Etiquetas: Exposições, Química Luz e Arte