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quinta-feira, abril 9

A ecologia do divórcio em tempos de crise económica e necessidade de sustentabilidade ambiental... 

Uma piada que circula por aí sobre a actual crise financeira é a do banqueiro que se lamenta por ter perdido mais de metade da fortuna e ainda ter a mulher. Mas não é piada que um tubarão dos divórcios inglês venha dizer no Times online que esta altura é má para as mulheres mas boa para os cavalheiros. Não faço comentários sobre o machismo desta comunicação; o mundo é assim mesmo como é, e este mundo que o advogado refere ainda é mais assim.

É mesmo neste ponto que a as relações entre o divórcio e a sustentabilidade ecológica se tornam importantes. E não estou a falar de situações insuportáveis, claro, estou a falar de desperdício e tolice puras. Casamentos de desperdício absurdo, seguidos de divórcios de esbanjamento ridículo, acompanhados por novos casamentos com desperdício ainda maior, num ciclo vicioso interminável. E estes são os ricos e famosos, mas prestemos atenção aos outros que não são ricos nem famosos. A ideia de que o divórcio tem algo que ver com a sustentabilidade está analisada neste interessante texto de David Boyle que é um economista não alinhado, ecologista e comunalista. Com o divórcio são mais casas, mais carros, mais electrodomésticos, mais de tudo, embora, de facto, a família típica e consumista também não seja grande exemplo de sustentabilidade...

Um amigo gestor de hotéis dizia-me outro dia que ainda ninguém (no ramo da hotelaria, claro) arranjou maneira de ganhar dinheiro com o divórcio. Ganham com os casamentos, luas-de-mel, noivados e aniversários de tudo isto, mas com o divórcio, não. Penso que é uma pena, pois, mesmo sendo pouco sustentável ecologicamente, pelo menos não seria só desperdício: poderia também contribuir para o crescimento do ramo da hotelaria e do turismo!

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