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terça-feira, dezembro 9

Comércio tradicional: texto quase moralista 


Fui de propósito à loja de brinquedos da baixa (aquela que tem o eléctrico) e comprei o brinquedo. Assaltou-me a dúvida: estarei a ser tanso? Já havia passado na grande superfície e lá um brinquedo idêntico (da mesma marca), que por acaso também estava na loja da baixa, custava menos 25%. Aliás, na grande superfície gêmea, do outro lado da cidade, o mesmo brinquedo idêntico custava também 25% menos, mas lá também só havia o brinquedo idêntico. De facto, o brinquedo idêntico da grande superfície faz parte de um catálogo que nos colocam nas caixas de correio. E foi comprado aos milhares de unidades para serem vendidas a milhares de crianças que vão escolher os brinquedos pelo catálogo e chorar na grande superfície, como se aquele fosse o único brinquedo do mundo. Enquanto os pais se passeiam na grande superfície e compram mais lixo que não precisam, ou poupam gastando (notar que não me ponho de fora desta nobre actividade que faz crescer o PIB).

Em nome dos momentos felizes na Baixa a andar de eléctrico e da diversidade, pago de bom grado 25% a mais. De resto na nossa caixa de correio não aceitamos correio não endereçado. Se o queremos ler tiramos das caixas (cheias), ou levamos aquele que os vizinhos deixam espalhado.

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