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sexta-feira, abril 18

Acordo Ortográfico? Hum! 1923 foi um bom ano... 


O convívio com os livros antigos é uma fonte inesgotável de humildade ortográfica. Neles os a-pesar-de convivem alegremente com os hei de e as mãis com as creanças. E podemos recuar a Camões e às suas misturas de termos eruditos com termos populares; parece que na altura já havia inveja, mas a última palavra dos Lusíadas é mesmo enveja. Por tudo isso, tento não me escandalizar com os alunos que escrevem lexívia. Embora, porque isso parece mais do que um problema de ortografia, o faça quando escrevem ter-mos que fazer...

O mais notável delírio ortográfico que conheço é uma terceira edição de 1923 de uma espécie de livro de auto-ajuda da época: A educação da vontade de um tal Julio Payot com tradução de Jaime Cortesão em que todos os guês que se lêem como jês foram mesmo escritos como jês. Veja-se a imagem para encontrar psicolójicos, orijem e intelijente. A ideia até parece lójica não é?

Neste texto não segui a nova ortografia, mas não tenho nada contra ela. Que venha conviver com as novas e as velhas, em especial com a delirante tentativa racionalista de 1923.

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