domingo, abril 29
O Homem imita a natureza... e a natureza imita o homem
Espantoso, este video sobre o canto do pássaro lira, votado o melhor momento dos filmes de David Attenborough.
"Qual é a ave que tem o canto mais elaborado, mais complexo e mais belo do mundo?".
"Qual é a ave que tem o canto mais elaborado, mais complexo e mais belo do mundo?".
segunda-feira, abril 23
Não podemos ignorar
sexta-feira, abril 20
Algumas histórias risíveis (ou não) sobre a doutorice em Portugal
Se Portugal enferma de doutorice aguda, Coimbra abusa:
- Por várias vezes me aconteceu entrar numa loja, onde supostamente não sou conhecida, e começar a ser chamada de sra dra à razão de 3 títulos por minuto.
-Quando me doutorei passei a ser chamada de sra Professora (Doutora), ora eu não sou professora de nada, sou investigadora e bem gostaria que me chamassem pelo nome.
- Por outro lado, é comum, na Universidade de Coimbra, ver os Senhores Professores tratarem os subordinados pelo nome e por tu, exigindo em troca serem tratados por um Senhor Professor acompanhado da maior deferência.
-Quando me doutorei um colega, não doutorado, perguntou-me se me podia continuar a tratar por tu!!!!
-Como a minha conta bancária é muito antiga, dos tempos de estudante, lá resiste sem títulos nos cheques ou noutros documentos. Mas já me perguntei se não seria melhor tratada se assim não fosse.
-E os títulos alastram a tudo e a todos: no outro dia fui levar o meu filho mais novo à primeira aula na piscina, o professor chegou, rapaz novo e bem parecido, e apresentou-se ao meu filho (que tem 2 anos): “Eu sou o C.” mas antes que eu o começasse a chamar por isso mesmo, por C., acrescentou, “Professor C.”.
- Por várias vezes me aconteceu entrar numa loja, onde supostamente não sou conhecida, e começar a ser chamada de sra dra à razão de 3 títulos por minuto.
-Quando me doutorei passei a ser chamada de sra Professora (Doutora), ora eu não sou professora de nada, sou investigadora e bem gostaria que me chamassem pelo nome.
- Por outro lado, é comum, na Universidade de Coimbra, ver os Senhores Professores tratarem os subordinados pelo nome e por tu, exigindo em troca serem tratados por um Senhor Professor acompanhado da maior deferência.
-Quando me doutorei um colega, não doutorado, perguntou-me se me podia continuar a tratar por tu!!!!
-Como a minha conta bancária é muito antiga, dos tempos de estudante, lá resiste sem títulos nos cheques ou noutros documentos. Mas já me perguntei se não seria melhor tratada se assim não fosse.
-E os títulos alastram a tudo e a todos: no outro dia fui levar o meu filho mais novo à primeira aula na piscina, o professor chegou, rapaz novo e bem parecido, e apresentou-se ao meu filho (que tem 2 anos): “Eu sou o C.” mas antes que eu o começasse a chamar por isso mesmo, por C., acrescentou, “Professor C.”.
Etiquetas: ., Doutores e Engenheiros, Sociedade
Titularice ilimitada
De rir se não fosse para chorar a cagança dos títulos neste nosso patético país.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Eu não sou engenheiro.
Etiquetas: Doutores e Engenheiros, Portugal, Sociedade
quarta-feira, abril 18
E para que servem os girassóis?
sábado, abril 14
E se os nossos carros fossem diferentes?
American Scientist, Março-Abril 2007
Plug-in hybrid vehicles are clearly more than just devices for getting around. I view them as a realistic means by which society can significantly reduce its dependence on fossil fuels. When these cars hit the road in large numbers, which I fervently hope will not be more than a year or two away, some fraction of the energy used to recharge them will come from renewable sources feeding the grid. And some buyers will install solar panels or wind turbines specifically to recharge their plug-ins. As more and more people do so, society will gradually become less and less dependent on fossil-fuel energy.
Etiquetas: pensar diferente
E se as nossas casas fossem diferentes?
Freiberg: Power From the Sun (Newsweek, Abril 16/23 2007)
Long before anybody noticed that the Alpine snows were melting earlier and freakish weather events became fodder for the science pages of European newspapers, the German city of Freiburg put in bicycle paths, made 42 percent of land surrounding the city off-limits to development and imposed energy standards on new construction. Its latest move: encouraging residents to be energy-independent by giving tax breaks to renewable-energy companies and subsidizing the use of solar panels in new construction. This city of 200,000 now has 11,223 square meters of solar cells covering its rooftops, a fortyfold increase since 1996. The new Vauban district of 2,000 eco-homes, completed in 2006, includes 50 solar houses, each producing more energy than it consumes. In environmentalist circles, Freiburg is known as Europe's solar capital, an achievement Mayor Dieter Salomon attributes "above all to the commitment of the people."
Mais informação aqui.
Etiquetas: pensar diferente
sexta-feira, abril 13
Não é justo
Helsinki Complaints Choir
Afinal não somos os únicos chorões à face da Terra.
Via Triciclofeliz: http://triciclofeliz.livejournal.com/
Com a pipeta na boca
Há algumas semanas, a folhear livros de química dos meados do século XX, encontrei uma imagem de um instrumento de vidro cheio de curvas: uma pipeta para líquidos perigosos. Trata-se de um instrumento laboratorial usado no tempo em que se pipetava com a boca, ou seja, em que se fazia a sucção do líquido a medir (usando a pipeta) chupando com a boca. Hoje em dia, já não passa pela cabeça de ninguém usar a boca para isso. Ou até que em algum momento houvesse quem pudesse pensar que assim era mais fácil. Parece a qualquer pessoa, e é de facto, a maior falta de higiene e segurança. Mas nem sempre foi assim. Quando entrei na Faculdade, nos anos oitenta, embora já ninguém pipetasse com a boca e penso que pelo menos há uma década que tal era rigorosamente proibido, ainda apareciam alguns teimosos, tendo havido até uma aluna que engoliu um pouco de cloreto de mercúrio. E, no entanto, pelo menos desde o início do século XX, que há peras de sucção...
quarta-feira, abril 4
O que andamos a comer e a biodiversidade
“A alimentação da população crescente do planeta, tem sido, sem dúvida, uma preocupação justificada. Mas temos de nos interrogar sobre se os meios utilizados têm sido os mais adequados.
Sabemos que menos de 30 espécies vegetais fornecem 90 por cento dos géneros alimentares da população mundial. A agricultura em regime intensivo tem sido um dos métodos praticados para produzir alimentos, mas ela tem-se traduzido em algumas regiões em sistemas de monocultura que empobrecem a biodiversidade.
Referindo-se ainda às Antilhas, escreveu o já mencionado autor cubano*: «Foi em Cuba que a plantação de cana-de-açúcar causou mais estragos no meio ambiente e na biodiversidade; foi aí onde a monoprodução e a tecnologia estrangeira, a indiferença oficial e o oportunismo económico ganharam o primeiro combate contra a natureza.»”
*Antonio Benítez Rojo na revista “Encuentro de la Cultura Cubana”
Excerto de artigo de Ana Glória Lucas, publicado na Além-Mar de Abril. Editado por mim.
Sabemos que menos de 30 espécies vegetais fornecem 90 por cento dos géneros alimentares da população mundial. A agricultura em regime intensivo tem sido um dos métodos praticados para produzir alimentos, mas ela tem-se traduzido em algumas regiões em sistemas de monocultura que empobrecem a biodiversidade.
Referindo-se ainda às Antilhas, escreveu o já mencionado autor cubano*: «Foi em Cuba que a plantação de cana-de-açúcar causou mais estragos no meio ambiente e na biodiversidade; foi aí onde a monoprodução e a tecnologia estrangeira, a indiferença oficial e o oportunismo económico ganharam o primeiro combate contra a natureza.»”
*Antonio Benítez Rojo na revista “Encuentro de la Cultura Cubana”
Excerto de artigo de Ana Glória Lucas, publicado na Além-Mar de Abril. Editado por mim.
Etiquetas: agricultura, alimentação, ambiente
