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quinta-feira, março 2

Gripe das aves II 

Hoje de manhã, cerca das 08:00, encontrei uma ave morta na estrada, quando ia levar os miúdos à escola, em Coimbra. Era pequena e como passei de carro não a vi bem, parecia do tamanho de um melro ou de uma rola. Como um bom cidadão, sem alarme, quando cheguei a casa procurei o site da gripe aviária (é fácil: www.gripedasaves.pt) e telefonei para o nº verde de informação (800 207 275) a dar conta da ocorrência. Por sorte, o atendimento tinha acabado de abrir ("Dias úteis das 8h00 às 20h00", diz o site), senão não saberia como fazer e no site não vi nenhuma alternativa. Ficaram com o meu contacto para me telefonar se fosse preciso mais alguma informação.

Por volta das 16:00, oito horas depois, o dito pássaro ainda lá estava, consideravelmente espalmado dos carros que entretanto lhe passaram por cima. Voltei a telefonar, disseram-me que têm tido muitas solicitações. Habituado a estas coisas, encolho os ombros, embora me pareça que é importante um serviço destes agir rapidamente para minimizar a possibilidade de uma eventual contaminação. Não que eu ache que a ave tem gripe (apenas há a remota hipótese de ter), mas se o serviço é lento em Coimbra, como será em sítios mais recônditos?

Aproveitei para perguntar como fazíamos para avisar uma ocorrência fora do horário de funcionamento. A simpática senhora não sabia, sugeriu o canil. Informou-me que agora já se pode telefonar aos fins de semana, o que ainda não é mencionado no site. De resto, pareceu-me que ele poderia estar mais actualizado: ainda se considera "muito remota" a hipótese da gripe das aves chegar a Portugal?

[Adenda, 3/3/2006, 9:50] Um dia depois, os restos do pássaro continuam na estrada, agora espalhados um pouco por todo o lado (a chuva ajudou). A sua remoção vai ser muito complicada, se alguma vez vier a acontecer. O contacto que dei não foi utilizado. Se os restos estivessem infectados (o que duvido, mas deve-se considerar o pior cenário), estariam nesta altura a ser espalhados pelos muitos pneus e sapatos que lhe devem ter passado por cima, já para não falar da água.

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