segunda-feira, janeiro 30
Os livros que ando a ler: “O Bilhete de Identidade” de Maria Filomena Mónica
Um livro feminilíssimo, uma escrita crua, desassombrada ao mesmo tempo pragmática e emocional, como só uma mulher podia escrever. Não sei como é que todos os homens que por lá passam (os Vascos e os Carlos e os Antónios) reagiram à exposição, mas não vi em todo o livro qualquer coisa de exibicionismo ou impudor*, talvez porque tudo aconteceu há muito tempo. A Maria Filomena Mónica escreve lindamente, concordo Luís. Mas, para mim, este livro foi um fazer as pazes com uma mulher com quem sempre me identifiquei de algum modo (sobretudo na taquicardia), mas que sempre me irritou nos muitos disparates que escreve nas crónicas jornalísticas (e ainda é paga por isso).
* Nada comparável a, por exemplo, uma Catarina Furtado que escarrapacha nas bancas do Supermercado «vou partilhar a minha gravidez (leia-se vou vender a minha gravidez) com o público».
* Nada comparável a, por exemplo, uma Catarina Furtado que escarrapacha nas bancas do Supermercado «vou partilhar a minha gravidez (leia-se vou vender a minha gravidez) com o público».
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