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segunda-feira, janeiro 9

Eu o VPV e as famigeradas Presidenciais 

Raramente, muito raramente, concordo com o que escreve Vasco Pulido Valente nas suas colunas jornalísticas. Reconheço-lhe a mestria na escrita, por vezes diverte-me o azedume, mas fico por aí. Mas às vezes acontece.
Aconteceu no último sábado a propósito do Mário Soares. Escreveu o VPV “Um homem destes não podia perceber (e não percebeu) nem se podia adaptar (e não se adaptou) a uma civilização de «massa». Principalmente, um homem destes não podia ter a mais remota empatia pelo «novo homem», reduzido a uma educação técnica, com ideias sumárias sobre a sociedade e a vida, imitativo, grosseiro e dedicado a uma ambição primária e pessoal.”
É também por isto que eu vou votar Mário Soares nas tristes eleições que se aproximam. Também eu acho que a candidatura de Soares foi um erro, também lamento que não tenha aparecido uma candidatura válida à esquerda capaz de fazer frente ao Cavaquistão. Mas não concebo uma República com um presidente como o Cavaco “A fé «moderna» na omnisciência e omnipotência do especialista” (ainda VPV) – triste e cinzento país. E quixotescamente persigo o sonho de que o Cavaco não vai ganhar na primeira volta. Afinal, como dizia Sebastião da Gama, “pelo sonho é que vamos”.

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