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quarta-feira, agosto 17

Não vá trabalhar cedo, não vá a pé... 

... mas sobretudo não perca a cabeça por trivialidades!

A estória que vou contar passou-se há uma hora. Está ainda fresca portanto...

Embora esteja de férias tinha umas coisas para tratar. Acordei cedo e fui a pé. Quarenta minutos depois, na Sé Velha, em frente à Faculdade de Farmácia, distraí-me e pisei um gigantesco monte de merda fresca de cão (alguém que tinha acordado mais cedo...). E agora como limpar? Na Suiça, eu sei, usam um saquinho, e até o deixam no lugar, para alguém vir limpar também o chão. Mas, adiante, que não havia saco que limpasse aquilo, e, além disso, nem todos os portugueses são incivilizados. Os meus vizinhos e conhecidos que têm cães usam um saco de plástico. E há casas de banho de cão pela cidade. Bem, na Sé Velha não...

Onde limpar, pois? O bar da Faculdade de Direito deve estar aberto e tem uma casa de banho. Caminhei um pouco, tentando gingar o sapato com discrição no areão do Páteo das Escolas, enquanto uns turistas italianos, agrupados, ouviam maravilhas sobre a Universidade. O letreiro da casa de banho era estranho e paradoxal: reservada a turistas (será que eu poderia usar numa emergência?), mas o pior é que estava fechada. No bar disseram-me que não havia outra disponível (a propósito, não pude deixar de reparar que o outro mítico letreiro já estava na mesa: reservado a docentes). Só às nove... No areão encontrei uma pedras maiores e limpei o que pude, já sem discrição...

Bem, e lá acabei por limpar aquilo (e bem limpo) noutro sítio e não vale a pena aborrecer-mo-nos com trivialidades. Há coisas mais importantes...

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