quarta-feira, agosto 31
Entulhar Portugal
Portugal já foi um país de brandos costumes. Agora é um país de brutos costumes devido à branda fiscalização e legislação.
Como se não bastassem os incêndios a queimar-nos as florestas e cidades, temos ainda que aguentar com a queima do lixo e do entulho de obras que a nossa omnipresente indústria de construção civil semeia por todo o lado. A queima de 1 kg de lixo, por exemplo num bidon durante um fogo florestal, pode emitir centenas ou milhares de vezes mais dioxinas e furanos do que a queima de 1 kg de madeira "limpa" (digo "limpa" porque há também a madeira tratada, que pode emitir também centenas de vezes mais dioxinas do que a madeira limpa, por exemplo se for tratada com pentaclorofenol).
Porque é que em Portugal não se faz como noutros países ditos civilizados, onde é obrigatório o uso de contentores adequados para guardar os resíduos das obras e onde há legislação e fiscalização que desincentiva eficazmente a prática dos habituais despejos?
E já agora, não seria de estudar aprofundadamente os efeitos desta absurda queima anual de floresta-lixo na saúde da população portuguesa?
[Fotos: interior de Coimbra (3ª elipse a contar de cima, neste mapa), Agosto de 2005]
Como se não bastassem os incêndios a queimar-nos as florestas e cidades, temos ainda que aguentar com a queima do lixo e do entulho de obras que a nossa omnipresente indústria de construção civil semeia por todo o lado. A queima de 1 kg de lixo, por exemplo num bidon durante um fogo florestal, pode emitir centenas ou milhares de vezes mais dioxinas e furanos do que a queima de 1 kg de madeira "limpa" (digo "limpa" porque há também a madeira tratada, que pode emitir também centenas de vezes mais dioxinas do que a madeira limpa, por exemplo se for tratada com pentaclorofenol).
Porque é que em Portugal não se faz como noutros países ditos civilizados, onde é obrigatório o uso de contentores adequados para guardar os resíduos das obras e onde há legislação e fiscalização que desincentiva eficazmente a prática dos habituais despejos?
E já agora, não seria de estudar aprofundadamente os efeitos desta absurda queima anual de floresta-lixo na saúde da população portuguesa?
[Fotos: interior de Coimbra (3ª elipse a contar de cima, neste mapa), Agosto de 2005]
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