terça-feira, julho 26
Todas as línguas
Se há aptidão que eu gostava de possuir era a de falar, ou pelo menos entender, muitas, mas mesmo muitas línguas. Tirando o esperanto que não me seduz nem um pouquinho, coisa sem graça, essa de uma língua universal, não me importava de saber arménio ou umbundo. Leio espanhol, inglês, francês e italiano, mas fico numa felicidade quando consigo decifrar um texto em romeno ou como foi agora o caso, em catalão. Se calhar, reminiscências dos tempos dos manuais dos escuteiros mirins e dos textos em código. Quando tive que passar uns tempos na Suiça que fala alemão (os alemães ficam horrorizados com esta de se dizer os suíços que falam alemão) sentia-me como que amputada por não perceber o que se dizia à minha volta, mas passei horas, dicionário na mão, a tentar desvendar jornais, avisos, rótulos de embalagens, com muitas dificuldades, diga-se, que o alemão não é fácil. Mas não é o desconhecimento da língua que me vai impedir de ler jornais em alemão ou em grego, em esloveno ou em polaco (o húngaro é muito difícil).
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