quinta-feira, junho 16
Da Solidão dos dias assim
No blog da Vieira um texto, um conto, que se lê do princípio ao fim sustendo a respiração.
E ali, no meio da rua e a meio caminho um do outro, respirando-se boca-a-boca, pensaram poder de facto resgatar aquele amor naufragado, sem saberem que um Amor, quando se descostura e rompe, não há desfibrilhação nem manobra cardíaca que o valha, e que o deles há muito que estava morto e decomposto, a servir de alimento aos vermes dos dias iguais que, à espreita nas esquinas dos prédios que lhes lançavam sombra por sobre as línguas molhadas, aguardavam o momento em que, de novo, se banqueteariam num festim vampiresco.
E ali, no meio da rua e a meio caminho um do outro, respirando-se boca-a-boca, pensaram poder de facto resgatar aquele amor naufragado, sem saberem que um Amor, quando se descostura e rompe, não há desfibrilhação nem manobra cardíaca que o valha, e que o deles há muito que estava morto e decomposto, a servir de alimento aos vermes dos dias iguais que, à espreita nas esquinas dos prédios que lhes lançavam sombra por sobre as línguas molhadas, aguardavam o momento em que, de novo, se banqueteariam num festim vampiresco.
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