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quinta-feira, junho 30

Corpo de Baile 

Conheço-a há muitos anos. Há muito que lhe sei o corpo de bronze, a saia de tule, os pés em quarta. Vi-a, pela primeira vez no museu d’Orsay e não lhe notei a feiura, nem a cara de macaquinho atrevido. Achei-a, isso sim, delicada e determinada. Há dias oiço dizer que não é verdadeira. Que é apenas uma cópia autorizada pelos herdeiros de Degas da original. Uma cópia feita a partir do original, é certo, mas apenas uma cópia. Que o original, que Degas esculpiu em cera e que escandalizou, à época, pela feiura e aspecto grotesco (como pode uma bailarina ser feia e grotesca?) se encontra do outro lado do Atlântico.
Não volto ao museu d’Orsay.

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