domingo, abril 10
A B-on
A B-on foi uma das coisas muito boas que me aconteceram nos últimos tempos. Para quem não sabe B-on significa biblioteca do conhecimento online, é um serviço ao dispor das comunidades univesitárias (têm acesso computadores registados numa universidade portuguesa) e para quem tem que recorrer todos os dias à leitura de artigos científicos é uma das mais maravilhosas invenções.Quase todos os artigos à distância de um clique.
Até agora uma das tarefas mais ingratas a que tinha que me dedicar era a pesquisa bibliográfica, principalmente se não sabia bem onde encontrar o que procurava. No meu caso passei muitas horas debruçada sobre uns livros imensos chamados Chemical Abstracts, muitas vezes sem saber bem o que procurava. No Chemical Abstracts, cuja assinatura é tão cara que poucas bibliotecas os podem ter (lembro-me de ter colegas de Vila Real que vinham a Coimbra para fazer pesquisa bibliográfica) é suposto encontrar-se índices e resumos de tudo o que é publicado em Química em todo o mundo e ao longo de todo um ano. São livros de milhares de páginas, começa-se pelos índices, que podem ser de autores, de substâncias químicas, de assuntos. Fica-se com os olhos em bico porque as letras são minúsculas. Se o autor é produtivo, á frente do nome vão encontrar-se as referências aos assuntos que tratou seguidas de um conjunto de letras e números ainda mais pequeninos. Depois de se decidir se o assunto interessa, há que anotar esses conjuntos de letras e números, fechar o volume que pesa arrobas e guardá-lo na estante, de preferência no lugar correcto. E começa a procura dovolume que contém os números que se copiaram, mais uma arroba de química e muitos olhos em bico depois chega-se ao resumo pretendido, lê-se, era isto que procurávamos? Optimo! Mas agora queremos ter acesso ao artigo inteiro. Com sorte até pertence a uma revista que a biblioteca assina, chega-se á estante em questão onde estão arrumados todos os números da referida revista, 1988, 1988, nº 21, nº 21... Azar estão lá o nº 20 e o nº 22, o nº 21 alguém pouco escrupuloso ou distraído o levou e não devolveu. Volta-se no dia seguinte e passados dois dias, nada! Pede-se o artigo a um amigo que está a fazer o doutoramento no estrangeiro, ou aos autores que poderão ser simpáticos e até enviar uma cópia. Cansados?
Mas isto pertence ao passado, agora sentada na minha cadeirinha, escrevo num motor de busca o nome do autor, ou do assunto e em alguns segundos tenho o pdf que é só imprimir ou então dar uma olhadela rápida no monitor para ver se era mesmo aquilo que procurava.Digam lá se não tenho razões para andar contente.
Até agora uma das tarefas mais ingratas a que tinha que me dedicar era a pesquisa bibliográfica, principalmente se não sabia bem onde encontrar o que procurava. No meu caso passei muitas horas debruçada sobre uns livros imensos chamados Chemical Abstracts, muitas vezes sem saber bem o que procurava. No Chemical Abstracts, cuja assinatura é tão cara que poucas bibliotecas os podem ter (lembro-me de ter colegas de Vila Real que vinham a Coimbra para fazer pesquisa bibliográfica) é suposto encontrar-se índices e resumos de tudo o que é publicado em Química em todo o mundo e ao longo de todo um ano. São livros de milhares de páginas, começa-se pelos índices, que podem ser de autores, de substâncias químicas, de assuntos. Fica-se com os olhos em bico porque as letras são minúsculas. Se o autor é produtivo, á frente do nome vão encontrar-se as referências aos assuntos que tratou seguidas de um conjunto de letras e números ainda mais pequeninos. Depois de se decidir se o assunto interessa, há que anotar esses conjuntos de letras e números, fechar o volume que pesa arrobas e guardá-lo na estante, de preferência no lugar correcto. E começa a procura dovolume que contém os números que se copiaram, mais uma arroba de química e muitos olhos em bico depois chega-se ao resumo pretendido, lê-se, era isto que procurávamos? Optimo! Mas agora queremos ter acesso ao artigo inteiro. Com sorte até pertence a uma revista que a biblioteca assina, chega-se á estante em questão onde estão arrumados todos os números da referida revista, 1988, 1988, nº 21, nº 21... Azar estão lá o nº 20 e o nº 22, o nº 21 alguém pouco escrupuloso ou distraído o levou e não devolveu. Volta-se no dia seguinte e passados dois dias, nada! Pede-se o artigo a um amigo que está a fazer o doutoramento no estrangeiro, ou aos autores que poderão ser simpáticos e até enviar uma cópia. Cansados?
Mas isto pertence ao passado, agora sentada na minha cadeirinha, escrevo num motor de busca o nome do autor, ou do assunto e em alguns segundos tenho o pdf que é só imprimir ou então dar uma olhadela rápida no monitor para ver se era mesmo aquilo que procurava.Digam lá se não tenho razões para andar contente.
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