segunda-feira, fevereiro 14
Tudo o que você sempre quis saber sobre genes e células cancerosas – Isto é serviço público
Mutações ou outros tipos de alterações nos genes que controlam a divisão e o crescimento celulares podem dar origem a uma célula cancerosa. A estes genes mutantes dá-se o nome de oncogenes. Conhecem-se hoje mais de cem oncogenes diferentes.
Felizmente apenas uma pequeníssima fracção de células mutantes vai originar um cancro e para isso concorrem várias razões:
1 – A maioria das células mutantes tem menor capacidade de sobrevivência e simplesmente morre.
2- Das células mutantes que sobrevivem apenas uma pequena minoria se torna cancerosa, já que as próprias células possuem sistemas de controlo, que actuam em feedback, e que as impedem de crescer.
3- O sistema imune tem a capacidade de eliminar estas células potencialmente cancerosas. Isto passa-se do seguinte modo: as células em que ocorreram mutações formam proteínas anómalas e estas proteínas, como corpos estranhos, activam o sistema imune levando à formação de anticorpos e de linfócitos sensibilizados que destroem as próprias células.
4- Para que se forme um tumor maligno é necessária a presença simultânea de mais do que um oncogene . Por exemplo, um determinado gene pode provocar a rápida divisão da linha celular, mas para que o cancro se instale é necessário que exista outro oncogene que promova a formação de novos vasos sanguíneos que alimentem estas células.
Sabendo que estas mutações ocorrem durante a divisão celular e replicação do DNA (molécula que carrega a informação genética); sabendo que por ano se formam vários triliões de células no corpo humano, o espanto é, porque é que não se formam em cada organismo milhões ou mesmo biliões de células cancerosas? A resposta está na maravilhosa e incrível precisão com que se processa a replicação genética em cada célula antes que esta se divida e dê origem a duas células filhas. A resposta está também na espantosa eficácia dos mecanismos de reparação do DNA que actuam antes que seja permitido à célula dividir-se. Assim, é quase tudo uma questão de sorte*, uma lotaria que na grande, na enorme, maioria dos casos nos é favorável.
Se quiser saber mais: Guyton & Hall “Textbook of Medical Physiology” e referências incluídas nesse texto.
*No entanto a probabilidade de ocorrência de mutações pode aumentar se a pessoa for expostas a factores físicos, químicos ou biológicos tais como: determinados níveis de radiação ionizante, algumas substâncias químicas (como as presentes no fumo do tabaco), alguns tipos de vírus. Nalguns casos a hereditariedade também pesa.
Felizmente apenas uma pequeníssima fracção de células mutantes vai originar um cancro e para isso concorrem várias razões:
1 – A maioria das células mutantes tem menor capacidade de sobrevivência e simplesmente morre.
2- Das células mutantes que sobrevivem apenas uma pequena minoria se torna cancerosa, já que as próprias células possuem sistemas de controlo, que actuam em feedback, e que as impedem de crescer.
3- O sistema imune tem a capacidade de eliminar estas células potencialmente cancerosas. Isto passa-se do seguinte modo: as células em que ocorreram mutações formam proteínas anómalas e estas proteínas, como corpos estranhos, activam o sistema imune levando à formação de anticorpos e de linfócitos sensibilizados que destroem as próprias células.
4- Para que se forme um tumor maligno é necessária a presença simultânea de mais do que um oncogene . Por exemplo, um determinado gene pode provocar a rápida divisão da linha celular, mas para que o cancro se instale é necessário que exista outro oncogene que promova a formação de novos vasos sanguíneos que alimentem estas células.
Sabendo que estas mutações ocorrem durante a divisão celular e replicação do DNA (molécula que carrega a informação genética); sabendo que por ano se formam vários triliões de células no corpo humano, o espanto é, porque é que não se formam em cada organismo milhões ou mesmo biliões de células cancerosas? A resposta está na maravilhosa e incrível precisão com que se processa a replicação genética em cada célula antes que esta se divida e dê origem a duas células filhas. A resposta está também na espantosa eficácia dos mecanismos de reparação do DNA que actuam antes que seja permitido à célula dividir-se. Assim, é quase tudo uma questão de sorte*, uma lotaria que na grande, na enorme, maioria dos casos nos é favorável.
Se quiser saber mais: Guyton & Hall “Textbook of Medical Physiology” e referências incluídas nesse texto.
*No entanto a probabilidade de ocorrência de mutações pode aumentar se a pessoa for expostas a factores físicos, químicos ou biológicos tais como: determinados níveis de radiação ionizante, algumas substâncias químicas (como as presentes no fumo do tabaco), alguns tipos de vírus. Nalguns casos a hereditariedade também pesa.
Comments:
Enviar um comentário