segunda-feira, fevereiro 7
Tristran Shandy
Trouxe da biblioteca pública os dois volumes da edição portuguesea de A vida e opiniões de Tristran Shandy de Laurence Sterne (uma bonita e rigorosa edição da Antígona,com tradução e excelente introdução de Manuel Portela). Não pareceram muito lidos: o registo da primeira e única requisição do primeiro volume, anterior à minha, é de Novembro de 2003; o registo do segundo estava vazio. Quando comecei a passar as folhas, à procura da famosa folha preta, comecei a ver alguns riscos infantis de marcador amarelo e preto já com pouca tinta, que felizmente não perturbam a leitura. Falta de cuidado de um pai ou mãe, resmunguei. Foi só depois de encontrar a folha de Acer palmatum é que pensei com mais atenção no outro leitor do livro (mais provavelmente uma leitora), no pequeno artista, e nas pistas que me deixaram. Vejo-os, talvez no Jardim Botânico, onde há um belo exemplar deste ácer. E, embora a folha vermelha tenha ficado castanha, as magnólias do Botânico estavam hoje mesmo a abrir. As rosa ainda de forma tímida. As brancas já em toda a glória. O ácer, esse ainda continua despido. Mas logo aparecerão as pequenas folhas que rapidamente ficarão vermelhas, para de novo ficarem castanhas.
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