terça-feira, fevereiro 8
Livros escolares
Uma das medidas eleitoralistas com que o actual governo de gestão nos brindou a poucos dias das eleições foi a dos livros escolares gratuitos.
Poderia ser uma boa ideia, mas sabem por que razão ainda não vimos as editoras (ou pelo menos aquelas editoras que têm o monopólio dos livros escolares) a protestar? A razão é simples: os livros não podem passar para o ano seguinte porque estão cheios de espaços para preencher. E nem uns alunos querem deixar de escrever, nem os outros querem livros escritos! Sei-o por experiência própria. Tenho dois filhos em anos seguidos e nunca consegui que um só livro passasse para o ano seguinte!
A solução séria, que este governo provavelmente não iria tomar, é garantir que os livros escolares sejam mesmo livros e não grossos e efémeros calhamaços coloridos, com vários volumes, cheios de bonecos parvos, passatempos e espaços para completar, vendidos ao engano com o equívoco de que atraem mais as crianças. Tudo isto com a complacência um pouco tola dos professores. Bons livros que poderíamos guardar nas estantes e não pobres árvores martirizadas para fazer maus livros que têm o prazo de validade de oito meses.
Finalmente, e não menos importante, com livros mesmo livros, resolver-se-ia o problema estúpido e ridículo das mochilas de quinze quilos que as escolas fazem os nossos alunos carregar.
Poderia ser uma boa ideia, mas sabem por que razão ainda não vimos as editoras (ou pelo menos aquelas editoras que têm o monopólio dos livros escolares) a protestar? A razão é simples: os livros não podem passar para o ano seguinte porque estão cheios de espaços para preencher. E nem uns alunos querem deixar de escrever, nem os outros querem livros escritos! Sei-o por experiência própria. Tenho dois filhos em anos seguidos e nunca consegui que um só livro passasse para o ano seguinte!
A solução séria, que este governo provavelmente não iria tomar, é garantir que os livros escolares sejam mesmo livros e não grossos e efémeros calhamaços coloridos, com vários volumes, cheios de bonecos parvos, passatempos e espaços para completar, vendidos ao engano com o equívoco de que atraem mais as crianças. Tudo isto com a complacência um pouco tola dos professores. Bons livros que poderíamos guardar nas estantes e não pobres árvores martirizadas para fazer maus livros que têm o prazo de validade de oito meses.
Finalmente, e não menos importante, com livros mesmo livros, resolver-se-ia o problema estúpido e ridículo das mochilas de quinze quilos que as escolas fazem os nossos alunos carregar.
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