segunda-feira, dezembro 13
É urgente compreender!
Interessante, uma vez mais, a coluna de Fernando Ilharco no Público. Temos de procurar entender, em tempo útil, as drásticas mudanças que estão a ocorrer na nossa sociedade global e local. Elas devem-se em parte à revolução tecnológica que alterou completamente os fluxos e os tipos de informação a que estamos sujeitos, individualmente e como sociedade, mas haverá muitos outros factores envolvidos. Seguem-se alguns excertos do artigo:
Desde há muito que a maior parte de nós olha mais para écrans do que qualquer outra coisa, comentava no inicio deste mês um colunista do "Wall Street Journal" [...] Isto - concluía o mesmo comentador - deve ter um efeito, mas qual efeito?
[...]
Que tipo de desempenho, de pessoas e de comportamentos podem atrair a atenção das audiências? Que tipo de espectáculo o pode sustentadamente fazer? A resposta é esta: sucessos e fracassos, desde que o sejam em grande.
[...]
qualquer fracasso suficientemente sério torna-se num sucesso. Na actual cultura televisiva e em tempo real, um bom fracasso é o ponto inicial e porventura mais alto de uma estratégia de sucesso porque coloca os seus protagonistas numa posição impar em termos de atracção de audiências; e isto é o que hoje determina o lucro, por isso o sucesso. Um fracasso, um bom fracasso - desde o célebre pontapé do Marco, até aos espectáculos de famosos analfabetos e de "políticos incompetentes" - é hoje um sucesso instantâneo. Aliás, desde há bastante tempo que no mundo dos media, da comunicação e da publicidade se diz: "fala de mim, mesmo que seja para dizer bem."
[...]
E tudo isto deve ter um efeito... Tem, é a cultura actual do egoísmo, da impaciência, da vaidade e do alheamento. São vidas, uma atrás de outras, focadas no dinheiro, alienadas dos problemas dos outros e desinteressadas dos caminhos do mundo.
O que aprende uma criança nos tempos que correm?
Desde há muito que a maior parte de nós olha mais para écrans do que qualquer outra coisa, comentava no inicio deste mês um colunista do "Wall Street Journal" [...] Isto - concluía o mesmo comentador - deve ter um efeito, mas qual efeito?
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Que tipo de desempenho, de pessoas e de comportamentos podem atrair a atenção das audiências? Que tipo de espectáculo o pode sustentadamente fazer? A resposta é esta: sucessos e fracassos, desde que o sejam em grande.
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qualquer fracasso suficientemente sério torna-se num sucesso. Na actual cultura televisiva e em tempo real, um bom fracasso é o ponto inicial e porventura mais alto de uma estratégia de sucesso porque coloca os seus protagonistas numa posição impar em termos de atracção de audiências; e isto é o que hoje determina o lucro, por isso o sucesso. Um fracasso, um bom fracasso - desde o célebre pontapé do Marco, até aos espectáculos de famosos analfabetos e de "políticos incompetentes" - é hoje um sucesso instantâneo. Aliás, desde há bastante tempo que no mundo dos media, da comunicação e da publicidade se diz: "fala de mim, mesmo que seja para dizer bem."
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E tudo isto deve ter um efeito... Tem, é a cultura actual do egoísmo, da impaciência, da vaidade e do alheamento. São vidas, uma atrás de outras, focadas no dinheiro, alienadas dos problemas dos outros e desinteressadas dos caminhos do mundo.
O que aprende uma criança nos tempos que correm?
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