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quarta-feira, dezembro 8

O canto de cisne da Sereia e a sua cara lavada  

1 - Há muito tempo que não passava pelo Jardim da Sereia. Há uns meses, para variar, resolvi atravessá-lo para cortar caminho e fiquei impressionado com a quantidade de candeeiros partidos. À medida que percorria duas alamedas, fui contando uns e outros: 19-8, ganharam os partidos.

Dos que estavam inteiros, não sei quantos estariam fundidos. Apenas sei que, numa outra vez, passei por lá de noite e pelo menos numa das alamedas não havia luz de todo. Ontem à noite, reparei que estava um pouco melhor: um par de candeeiros dava luz, uns outros 10 davam breu. Imagino o que terão pensado os turistas no verão, ao seguirem as recomendações dos guias e ao darem de caras com o triste espectáculo do parque dos candeeiros partidos.

Ontem, felizmente, vi nas capas dos jornais As Beiras, Diário de Coimbra e Público, que o Jardim da Sereia entrou em obras. Como elas vão custar quase 500 mil euros, pensei: "Óptimo, isso deve dar para umas lâmpadas!". No entanto, nenhum dos 3 jornais mencionava quaisquer gastos com iluminação ou sequer com a manutenção do parque. Algum dinheiro terá já sido utilizado com a enorme imagem que tapa agora a entrada principal do jardim (bem escolhida, por sinal, minimizando o impacto visual na praça) e com a publicidade de meia página que vi em jornais locais. Só lamento que não se tenha gasto um tostão com a iluminação e que continue a ser perigoso atravessar o jardim à noite, praticamente sem luz.

2 - Nos artigos dos jornais falava-se também da articulação do jardim com o metro de superfície que, prevê-se, vai comer uma parte do parque, sem que eu consiga perceber tal necessidade ou qual a relação com a proclamada "requalificação do jardim" (o metro vai claramente desqualificar o jardim). No Público leio: "O Presidente da Câmara de Coimbra entende que o metro até poderá ter um contributo positivo, uma vez que 'aumentará a frequência de pessoas no jardim' ". Por essa ordem de ideias, também seria positivo construir uma grande urbanização com muitos prédios no meio do jardim, pois também iria "aumentar a frequência de pessoas"...

3 - Finalmente, sinto a falta do parque infantil da Sereia, que foi retirado no início do mandato desta câmara. O equipamento poderia não respeitar todas as regras de segurança (era mesmo bastante mauzinho), mas devia ter sido melhorado e não retirado, porque, essa sim, é uma excelente forma de atrair pessoas para o parque. O mesmo se poderia dizer do outro parque infantil que existia no Parque da Cidade (Parque Dr. Manuel Braga) e que foi retirado na mesma altura: há hoje falta de equipamento infantil naquela zona, lacuna que não foi colmatada com a inauguração do parque verde do Mondego.

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