domingo, novembro 14
Um mundo melhor (mas não este)
"[...] Não tínhamos necessariamente de perseguir o Iraque após o 11 de Setembro. Imaginemos um cenário alternativo, em que um Presidente mobiliza o país inteiro para lidar com os principais problemas revelados pelos atentados terroristas. Partindo deste cenário hipotético, como se apresentaria, então, um esforço contra-terrorista bem sucedido e abrangente após o 11 de Setembro?
Teria consistido em três pontos-chave na sua agenda. Primeiro, o Presidente ter-se-ía envolvido num esforço maciço para eliminar as nossas vulnerabilidades internas face ao terrorismo e, ao mesmo tempo, fortalecer a segurança interna. Segundo, teria lançado um esforço mundial concertado no combate à ideologia da Al-Qaeda e ao grande movimento terrorista islâmico radical, estabelecendo parcerias para promover o verdadeiro Islão, de forma a obter o apoio para os valores americanos e islâmicos em comum e, em simultâneo, conceber uma alternativa à abordagem fundamentalista mais popular. Terceiro, deveria ter agido em consonância com os países-chave, não só para cercar os terroristas, acabar com os seus santuários, bloquear as verbas, mas também para fortalecer a abertura dos governos e criar condições políticas, económicas e sociais necessárias para detectarem e extirparem as raízes do terrorismo estilo Al-Qaeda (os países prioritários são o Afeganistão, o Irão, a Arábia Saudita e o Paquistão). A lista de coisas a fazer após o 11 de Setembro não deveria contemplar de forma alguma a referência à invasão do Iraque.[...]"
Richard A. Clarke, in "Contra todos os inimigos", Difel, 2004
Teria consistido em três pontos-chave na sua agenda. Primeiro, o Presidente ter-se-ía envolvido num esforço maciço para eliminar as nossas vulnerabilidades internas face ao terrorismo e, ao mesmo tempo, fortalecer a segurança interna. Segundo, teria lançado um esforço mundial concertado no combate à ideologia da Al-Qaeda e ao grande movimento terrorista islâmico radical, estabelecendo parcerias para promover o verdadeiro Islão, de forma a obter o apoio para os valores americanos e islâmicos em comum e, em simultâneo, conceber uma alternativa à abordagem fundamentalista mais popular. Terceiro, deveria ter agido em consonância com os países-chave, não só para cercar os terroristas, acabar com os seus santuários, bloquear as verbas, mas também para fortalecer a abertura dos governos e criar condições políticas, económicas e sociais necessárias para detectarem e extirparem as raízes do terrorismo estilo Al-Qaeda (os países prioritários são o Afeganistão, o Irão, a Arábia Saudita e o Paquistão). A lista de coisas a fazer após o 11 de Setembro não deveria contemplar de forma alguma a referência à invasão do Iraque.[...]"
Richard A. Clarke, in "Contra todos os inimigos", Difel, 2004
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