quarta-feira, novembro 24
A minha wishlist: "life everywhere"
É reconfortante saber que é relativamente fácil demonstrar que existe vida noutros planetas (basta encontrá-la num) e que é virtualmente impossível mostrar o contrário (seria preciso vasculhar o universo na totalidade, milimetricamente). Gosto dessa incerteza. Ao mesmo tempo, gosto da certeza que começamos a ter, de que os planetas extra-solares existem em abundância no universo: permite-nos sonhar que talvez a existência de vida, mais do que ser meramente possível, seja extremamente provável. Quem sabe, talvez seja frequente a gravidade conduzir à formação de sistemas solares com planetas e satélites com dimensões favoráveis à vida, talvez as próprias leis físicas levem a que os elementos químicos necessários existam abundantemente nesses planetas, fazendo com que se formem com grande probabilidade moléculas úteis à formação dos blocos funcionais que constituem a vida. Tudo isto com uma enorme variabilidade e infinita diversidade, sem impor limites à nossa imaginação. Talvez Fred Hoyle não tenha razão e a formação de organismos vivos não seja improvável, quem sabe, talvez a repetição de certos processos químico-físicos ao longo de milhões de anos conduza inexoravelmente à formação de moléculas replicadores capazes de germinar e catalisar o processo de aumento de complexidade característico dos sistemas vivos.
O nosso universo parece um gigantesco computador, iterando todos os seus componentes, construindo, destruindo e seleccionando os melhores, levando a que tudo seja aperfeiçoado, a que a solução óptima seja incessantemente procurada, o que quer que isso queira dizer em cada contexto específico. É delicioso podermos imaginar que lá fora no universo podem existir milhões de mundos pululantes de vida, diversa e extraordinária, extremamente abundante e inevitável. A começar pelo nosso sistema solar, mas já nem peço tanto. A vida em todo o lado, imagine-se.
(Hoje estou optimista. Deve ser do tempo, ou de não ver telejornais há uns dias.)
[imagem: Titan - NASA/JPL/Space Science Institute]
O nosso universo parece um gigantesco computador, iterando todos os seus componentes, construindo, destruindo e seleccionando os melhores, levando a que tudo seja aperfeiçoado, a que a solução óptima seja incessantemente procurada, o que quer que isso queira dizer em cada contexto específico. É delicioso podermos imaginar que lá fora no universo podem existir milhões de mundos pululantes de vida, diversa e extraordinária, extremamente abundante e inevitável. A começar pelo nosso sistema solar, mas já nem peço tanto. A vida em todo o lado, imagine-se.
(Hoje estou optimista. Deve ser do tempo, ou de não ver telejornais há uns dias.)
[imagem: Titan - NASA/JPL/Space Science Institute]
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