segunda-feira, maio 31
Diálogo de Culturas
A história que vou contar passou-se em Coimbra, no último fim de semana.
O sempre eficiente Pelouro da Cultura da CMC autorizou para o mesmo dia – sábado- para o mesmo local – a Igreja de Santa Cruz – e para o mesmo horário, dois espectáculos ... sem que as organizações de cada um dos eventos tivessem conhecimento do outro. O vereador da cultura viria a “justificar-se” com “só não erra quem não faz” – Pois é!
Dentro de portas devia ocorrer um concerto integrado no II Festival Internacional de Coros Juvenis de Coimbra, cá fora e tendo como palco o portal de Santa Cruz, um concerto de Música Africana. Dentro estavam dois coros juvenis, um de Coimbra e os “Piccoli Cantori di Torino”, vozes do céu acompanhadas quando muito por um piano, Mozart e Palestrina, Panis Angelicus de C. Frank... fora, percursões, ritmos africanos, um público muito mais vasto e ruidoso, potentes amplificadores. Estão a ver o desiquilíbrio! E a frustração dos meninos italianos, vindos de propósito para isto, e o vexame para a organização do Festival.
Valeu a extrema boa vontade dos grupos africanos, o poder de negociação do Maestro italiano, a capacidade de adaptação de todos: a música africana esperou uma hora, o concerto dentro da Igreja encurtou-se. E no fim, como forma de agradecimento os Piccoli Cantori, que, por mero acaso, têm no reportório músicas de inspiração africana, vieram cá fora, com os seus tambores a que se juntaram batuques de África, interpretar um desses temas. E o público delirou! E tudo está bem quando acaba em bem! Excepto para a forma como se continua a tratar a cultura em Coimbra. E viva o Euro 2004.
O sempre eficiente Pelouro da Cultura da CMC autorizou para o mesmo dia – sábado- para o mesmo local – a Igreja de Santa Cruz – e para o mesmo horário, dois espectáculos ... sem que as organizações de cada um dos eventos tivessem conhecimento do outro. O vereador da cultura viria a “justificar-se” com “só não erra quem não faz” – Pois é!
Dentro de portas devia ocorrer um concerto integrado no II Festival Internacional de Coros Juvenis de Coimbra, cá fora e tendo como palco o portal de Santa Cruz, um concerto de Música Africana. Dentro estavam dois coros juvenis, um de Coimbra e os “Piccoli Cantori di Torino”, vozes do céu acompanhadas quando muito por um piano, Mozart e Palestrina, Panis Angelicus de C. Frank... fora, percursões, ritmos africanos, um público muito mais vasto e ruidoso, potentes amplificadores. Estão a ver o desiquilíbrio! E a frustração dos meninos italianos, vindos de propósito para isto, e o vexame para a organização do Festival.
Valeu a extrema boa vontade dos grupos africanos, o poder de negociação do Maestro italiano, a capacidade de adaptação de todos: a música africana esperou uma hora, o concerto dentro da Igreja encurtou-se. E no fim, como forma de agradecimento os Piccoli Cantori, que, por mero acaso, têm no reportório músicas de inspiração africana, vieram cá fora, com os seus tambores a que se juntaram batuques de África, interpretar um desses temas. E o público delirou! E tudo está bem quando acaba em bem! Excepto para a forma como se continua a tratar a cultura em Coimbra. E viva o Euro 2004.
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