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quinta-feira, abril 1

"The truth is out there" 

Acabei de ver o documentário "Silence, on tue des enfants" na Dois. Apanhei-o a meio, como é hábito, mas fiquei preso ao écran. É um relato da história de "X1", vítima das redes de pedofilia e testemunha no caso Dutroux. Ao contrário das outras testemunhas ("X2", "X3", etc), esta acabou por sair do anonimato: o seu nome é Regina Louf. A sua reputação foi destroçada nos media pelo que, das duas uma: ou é louca e está a mentir, ou é bom que ouçamos com atenção as suas histórias macabras e incríveis, negadas pelo seu próprio pai, por exemplo. Histórias como a de que a sua mãe terá reconhecido, antes de morrer, que autorizou a prostituição da sua filha em bordéis da avó de Louf. São literalmente os X-files belgas, onde a realidade por vezes ultrapassa a ficção e com ela se confunde.

Não conheço bem este caso, pelo que não vou especular sobre onde está a verdade. Apenas posso dizer que Louf não parecia louca no documentário, muito pelo contrário. Entretanto, encontrei na Internet uma impressionante "Declaração de Direitos Humanos" que Louf proferiu numa sessão da Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas. "Direitos" como: "We have the right to be not believed" ou "We have the right to have no rights at all". A ler e pensar...


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