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sexta-feira, novembro 14

O poema do dia 

Fujo da palvra sem timbre
Da expressão sem tom,
Da língua turva, do enunciado impuro,
Onde as arcadas do violoncelo choram.
Exaustos os rapsódicos rios de leones,
Fundo o murmúrio fluvial da estrofe,
Ouvindo interiormente,
Com as palpebras cerradas.


M. S. Lourenço in Poemário Assírio Alvim 2003

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