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quarta-feira, outubro 8

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Desde sempre me chocou o modo como os mais desvalidos, os mais desprotegidos, os mais frágeis, os mais idosos são tratados em muitos dos nossos serviços públicos de saúde. É para mim aterrorizador passar num serviço de urgências e ver o modo como a maioria das pessoas para ali estão atiradas, sozinhas, a maioria das vezes numa terra estranha, com a sua angústia, sem perceberem nada do que lhes está a acontecer (ou aos seus familiares), sem saberem a quem se hão-de dirigir, como hão-de perguntar e no fim, e muitas vezes, como resposta têm a arrogância dos enfermeiros e dos senhores doutores.
Até posso entender que muitas vezes os profissionais de saúde trabalham em más condições, que há pacientes muito pouco pacientes e até muito chatos, que é difícil lidar com desgraçados que quando se lhes pergunta que medicamentos estão a tomar respondem com um “são assim uns comprimidos azuis”... mas senhores profissionais de saúde é para isso mesmo que são pagos e não descarreguem as vossas frustrações em cima de quem está frágil e doente e precisa de compreensão e de cuidados.
Ontem fui acompanhar um familiar a uma consulta, e juro que se pudesse tinha batido na estúpida da médica, que às perguntas do doente, normais, de quem quer saber, respondia com o ar de “que é que este imbecil está para aqui a perguntar?”.
Sabendo que há médicos (e enfermeiros) fantásticos, de uma extrema humanidade, penso que este retrato não será estranho a ninguém. E é pena!

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