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quinta-feira, setembro 25

uma força fraca e outra forte 

São os átomos o nosso éter, nem sequer as moléculas, os átomos, com os electrões, protões, neutrões e mais-longe, mais-pequeno, os quark's. Aprisionados os elementos uns aos outros pela gravidade, pela atracção electromagnética, por uma força fraca e outra forte é assim que existimos, somos uma perturbação do éter atómico contínuo.
Para o ser, precisamos de muito mais. Mitocôndrias maternais, aminoácidos essenciais, lisosomas temporais, células enfim, genes no fim. São os genes que nos definem, que nos dão a assinatura, escrita como está com traços amplos direitos, linhas tortas sinuosas. E depois dos genes mais-longe, mais-pequeno a centelha que incendeia o cérebro, o que é?
De repente, surgindo da calma perfeita, um fio da rede etéria solta-se, enrola-se, desprende-se, emaranha-se, toda a teia estremece e hesita. Deve ser um bocejo matinal e o maxilar volta a fechar quando o sol perde a vergonha. De outro modo seria um erro, uma falha na codificação, um pedaço de assinatura escrita em cor impossível que uma borracha afiada há-de apagar.

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