segunda-feira, setembro 15
os aviões que sulcam, para quê, os céus
Como eu gosto destes fim de tarde amenos. A temperatura é apenas a certa para nos descontrair nas roupas, mas não tão alta que nos faça sentir reais. Sentir o calor ainda nas pedras, os grilos, as cigarras, o vento que traz os cheiros. São agora mais visíveis os aviões que sulcam, para quê, os céus. Há um, em particular, que eu só vejo brilhar na minha direcção e que pisca mais depressa quando passa por aqui. Minutos depois são milhões de estrelas que se acendem, não estariam já ali antes e um manto de luz as ocultava, às escuras é que se vê melhor, é sabido. São estas as coisas que nos fazem sentir felizes por estar vivos, e com sorte por o saber. Está na hora de atirar um saco para a mala do carro e ir-te esperar ao aeroporto.
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