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quarta-feira, agosto 20

Houve um tempo em que tudo era mais simples... 

Os assassinos na catedral de Eliot chegam à boca de cena para dizer que quem matou o arcebispo foram os espectadores. Como diz José Blanc de Portugal nas notas da tradução, tantas vezes ouvimos esse discurso desculpabilizador. Os assassinos são os motivos, as causas, a sociedade, nós. Mas não, os assassinos não podem ser abstracções e são tanto aqueles que puxam o gatilho como os poderosos que jogam o jogo das nações como se as pessoas fossem números. E as vítimas, essas são sempre os inocentes, os que estão à mão, porque os "verdadeiros alvos" estão bem protegidos e inacessíveis.

Cita-se no Aviz que "os EUA alimentaram o monstro". Se calhar ainda o fazem. Tanta informação para não sabermos nada, ou, ainda pior, para julgarmos que sabemos. E, entretanto, o terror aprendeu a jogar com a informação.

Que os assassinos sejam os seguidores de Saddam, como também é dito no Aviz, é muito provável. Resta é saber quem são os seguidores de Saddam. Recordo que Saddam e Bush se acusaram mutuamente de serem o Diabo. Parafraseando Santo Agostinho, provavelmente ambos têm razão.

PS: Só hoje dei conta, pelo abrupto, de que o livro DN de ontem era o "Assassínio na Catedral" de T. S. Eliot, na magnífica tradução de José Blanc de Portugal. Tal como JPP também recomendo vivamente.

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