sexta-feira, julho 11
uma questão de certeza
Era uma vez, há muitos anos, um professor japonês chamado K. com quem eu colaborei. Uma manhã pensámos e elaborámos os dois um protocolo de trabalho para a minha tarde. Ele saíu cedo e eu fiquei. Fiquei e pensei e não fiz nada do protocolo. Na manhã seguinte ele voltou e perguntou e eu, inocente, disse: não fiz, pensei. Ante o meu ar incrédulo, ele gritou, primeiro em japonês, depois em inglês muito alto e depois em inglês -até eu perceber- you should have told me first. Depois conversámos e eu, corajoso e trémulo, expliquei o erro do protocolo: para quê medir se bastou pensar?
Dias mais tarde eu passei a ser o único no laboratório a quem ele pagou um lanche, disse-me: "se um aluno fizer tudo o que o mestre lhe diz só o pode igualar, nunca ultrapassar". Mas ainda tremo de pensar que eu podia estar errado...
Dias mais tarde eu passei a ser o único no laboratório a quem ele pagou um lanche, disse-me: "se um aluno fizer tudo o que o mestre lhe diz só o pode igualar, nunca ultrapassar". Mas ainda tremo de pensar que eu podia estar errado...
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