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domingo, julho 6

Lou Reed 

Eu estava à frente. Fila 25 da nomenklatura (espero subir umas filas até ao fim da Capital da Cultura, de que este era um by-product). Gostei muito. Não foi revivalista. Cada um dos temas antigos remetia para um recente de um modo nem sempre imediato mas que me pareceu resultar. E o Lou Reed estava bom, valendo por ele próprio e não pela memória. Atrás e dos lados, estavam amigos e amigas minhas. Quando podia olhava para eles (elas). Estavam lindas, luminosas. Quando ribombavam aquelas tempestades electrónicas e a máquina do rock sobe pelo peito acima, quando miss Jane arrancou aquele solo, quando disse tão bem The Raven (já agora experimentem decorá-lo. Há uma versão portuguesa do Pessoa: Começa assim :"Numa meia noite agreste em que lia, lento e triste vagos, curiosos tomos de ciencias ancestrais e já quase adormecia, ouvi o que parecia o som de alguém que batia, levemente batia a meus umbrais". Era o corvo, que haveria de dizer "Nunca mais!" Gótico! arrebatador! -prometo enviar a quem estiver interessado.).
Também gostei que ele tivesse pedido ao Antony para, no encore, cantar "Candy says". Comovente, a voz de contra tenor e o ar desajeitado, quase "crippled". Tinha de haver aquele javardo aos berros para nos lembrar onde estávamos.

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