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quinta-feira, julho 17

A incerteza das imagens 

Há pouco mais de um mês, ainda a campanha publicitária da nova marca de Coimbra enchia os placards das ruas, recebi um mail que alertava para a possibilidade da marca ser um plágio: afinal, ela era muito parecida com o logo da Quintiles, uma multinacional do ramo farmacêutico. Realmente, uma imagem parecia a outra vista ao espelho. As letras também eram parecidas. Escândalo.

No entanto, uma observação mais cuidadosa deixava perceber algumas diferenças subtis: a espessura do círculo relativamente ao seu diâmetro era diferente e o mesmo acontecia com a espessura do “corte” no círculo. Se a relação entre essas distâncias fosse a mesma nos dois símbolos, quase de certeza haveria plágio, pois seria demasiada coincidência. Mas como era diferente, a incerteza continuava.

Penso que este tipo de dúvida irá colocar-se cada vez com mais frequência. Primeiro, porque a internet permitiu o acesso a trabalhos excelentes e tornou o plágio fácil. Segundo, porque agora rapidamente se pesquisa o mundo para saber se há algo igual (há até software especializado para apanhar plágios). Terceiro, porque a probabilidade de se criarem dois objectos iguais de forma independente é finita, sobretudo quando são objectos simples, como neste caso.

Recentemente, o autor veio a público defender-se, numa carta publicada no Diário de Coimbra no passado dia 4. Tinha um link que aponta para imagem abaixo (clique para ampliar), que descreve a evolução da marca em 255 passos até atingir a forma final (com tantas imagens, escolheu-se logo a que era parecida com uma marca internacional... bem, se calhar acontecia o mesmo com outras).

Por mim, acredito que não tenha havido plágio. E agora que me habituei, gosto da marca sim senhor.


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