terça-feira, fevereiro 22
Vão-se os anéis
Lembro-me de há alguns dias ter lido no Público que o 1º ou o 2º sector que mais aumentou as suas exportações em 2010 foi o das pérolas, pedras e metais preciosos, bijutarias e moedas.
Na altura desconfiei. Fiquei a pensar que se calhar nem todos os aumentos de exportação são bons indicadores da saúde económica de um país.
Com efeito, percebe-se melhor a questão depois de se ler esta notícia: "Gold rush means hard times in Portugal".
Na altura desconfiei. Fiquei a pensar que se calhar nem todos os aumentos de exportação são bons indicadores da saúde económica de um país.
Com efeito, percebe-se melhor a questão depois de se ler esta notícia: "Gold rush means hard times in Portugal".
sexta-feira, fevereiro 18
Não limitar os salários dos gestores públicos é estúpido e só aumenta os prejuizos sociais
Quem me conhece sabe como tento ser optimista e confiar, dentro dos limites do aceitável, nos nossos governantes e políticos, não porque os ache particularmente bons, mas porque entendo que só a confiança dos cidadãos faz avançar os países. No entanto, notícias como a da recusa do PS e PSD em limitar os salários dos gestores públicos atiram à lama qualquer esforço para continuar a confiar nessa gente.
A ideia de que os gestores públicos têm de ser pagos a peso de ouro porque, se não o fizermos, irão para outro lado ou trabalharão menos é estúpida, e, quem acredita nela, não sendo gestor, também o está a ser. A new economics foundation há já algum tempo que estudou o valor do trabalho, comparando os salários dos gestores na Grã-Bretenha, França e Alemanha e as suas mobilidades, além dos salários de vários outros trabalhadores, e chegou à conclusão de que os gestores públicos e privados não valem o dinheiro que se lhes paga. O estudo completo mostra também que o salário de uma educadora de infância ou de um trabalhador da limpeza geram riqueza muito superior ao dinheiro que ganham, enquanto que os gestores geram prejuízos sociais correspondentes a mais de sete vezes o que ganham...
A ideia de que os gestores públicos têm de ser pagos a peso de ouro porque, se não o fizermos, irão para outro lado ou trabalharão menos é estúpida, e, quem acredita nela, não sendo gestor, também o está a ser. A new economics foundation há já algum tempo que estudou o valor do trabalho, comparando os salários dos gestores na Grã-Bretenha, França e Alemanha e as suas mobilidades, além dos salários de vários outros trabalhadores, e chegou à conclusão de que os gestores públicos e privados não valem o dinheiro que se lhes paga. O estudo completo mostra também que o salário de uma educadora de infância ou de um trabalhador da limpeza geram riqueza muito superior ao dinheiro que ganham, enquanto que os gestores geram prejuízos sociais correspondentes a mais de sete vezes o que ganham...